O irmão do presidente Lula, conhecido como "Frei Chico", não será formalmente investigado pela CPI mista do INSS, após rejeição de requerimento para sua convocação nesta quinta-feira (16). Parlamentares da base governista argumentaram que não há indícios de envolvimento dele em irregularidades, enquanto a oposição busca relacionar a gestão Lula ao esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.
Em depoimento à comissão, o presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, disse que "Frei Chico" exerce apenas função política de representação sindical, sem atividades administrativas ou movimentação financeira. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) reforçou que o irmão do presidente está no sindicato desde 2024 e não participou de ações investigadas.
A Dataprev informou que, entre 2020 e 2025, o Sindnapi foi o terceiro maior destinatário de descontos associativos nas folhas de aposentados e pensionistas, recebendo cerca de R$ 507,5 milhões.
Além de blindar o irmão de Lula, a base do governo também retirou da pauta requerimentos que pediam a quebra de sigilos do ex-ministro Carlos Lupi e da publicitária Danielle Miranda Fonteles.
A CPI aprovou convocações de outros investigados ligados ao esquema, incluindo Antônio Carlos Camilo Antunes ("Careca do INSS"), sua irmã e sócio, e o piloto Reissanluz Sousa de Oliveira, responsável por grande parte dos voos de uma aeronave usada por Antunes. Também foi convocado o policial federal afastado Philipe Roters Coutinho, investigado por escoltas a envolvidos nas fraudes.