O governo dos Estados Unidos lançou um programa de "autodeportação", oferecendo US$ 1.000 a imigrantes em situação irregular que optarem por deixar o país por conta própria. A iniciativa tem o objetivo de incentivar o retorno voluntário aos países de origem, além de ajudar a aliviar os custos com a deportação, que pode chegar a US$ 17.121 por pessoa.
Kristi Noem, secretária de Segurança Interna dos EUA, afirmou que a medida visa ser mais segura, econômica e eficiente. Segundo ela, os imigrantes que escolherem esse caminho terão assistência financeira para a viagem e serão retirados da lista de detenção da agência de imigração. Eles terão até 21 dias para retornar aos seus países após a aprovação no programa, que pode ser solicitado por meio do aplicativo CBP Home.
O governo norte-americano cobrirá as passagens de volta e, após a confirmação de que o imigrante chegou ao seu destino, ele receberá o valor de US$ 1.000. A secretária-assistente do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughin, explicou em entrevista à Fox News que o valor será pago individualmente, ou seja, por imigrante, e não por família.
Desde que o programa entrou em vigor, já houve registros de imigrantes utilizando a opção de autodeportação. A medida também é uma tentativa de reduzir os custos relacionados à detenção e deportação, com o governo projetando uma economia de até 70%. O modelo de "retorno voluntário" já é implementado em vários países europeus, como o Reino Unido, que oferece um auxílio financeiro maior, mas com a condição de que os imigrantes não possam retornar ao país durante cinco anos.