Foto: Contratação, carteira de trabalho – Reprodução
Quarta, 30 de novembro de 2022 - 09:13:15
IBGE: desemprego cai para 8,3% em outubro, menor nível desde 2015
ECONOMIA
Contingente de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em outubro chega a quase 100 milhões no país, também batendo recorde

A taxa de desemprego no Brasil no trimestre que terminou em outubro de 2022 ficou em 8,3%, o que representa uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. É o menor nível para o período desde 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (30/11).

De acordo com o IBGE, o país chegou ao final de outubro com cerca de 9 milhões de desempregados, o que corresponde ao menor contingente já registrado desde julho de 2015.

 

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Segundo o levantamento, na comparação com o mesmo trimestre de 2021, a queda do desemprego foi de 3,8 pontos percentuais. Considerando apenas os trimestres terminados em outubro, a taxa registrada neste mesmo mês de 2022 é a menor desde 2014.

A pesquisa traz ainda outra boa notícia. O total de pessoas ocupadas no país chegou à marca de quase 100 milhões no país (99,7 milhões), batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso no segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Como noticiou Metrópoles, a maior parte daqueles que estão desempregados está em busca de recolocação há mais de dois anos.

Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles

Segundo a OIT, todas essas consequências impactam negativamente na economia e no desenvolvimento social de uma naçãoRafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o termo desemprego é definido como “a condição de pessoas que se encontram, atualmente, sem emprego formal, mas que estão em busca ou dispostas a aceitar um trabalho caso surja a oportunidade”Vinícius Schmidt/Metrópoles

Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles

Seguindo a mesma lógica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declara ainda que “não ter um emprego não é o equivalente a não ter um trabalho ou uma ocupação. Por essa razão, não se consideram para o cálculo estudantes, donas de casa e empreendedores”Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Rapaz com beca de formatura sentado em frente a um computador- Metrópoles

Existem inúmeros motivos que podem ocasionar o desemprego. No Brasil, por exemplo, a causa pode estar vinculada a crise econômica, baixa qualificação dos candidatos, transformações na base produtiva do país, baixa escolaridade, migração do campo para a cidade, crises políticas, falta de investimento social, entre outrosSteve Prezant/ Getty Images

Mulher sentada olhando classificados- Metrópoles

A classificação do desemprego segue quatro tipos identificados a partir de suas causas. São eles: desemprego natural, estrutural, conjuntural e sazonalBlasius Erlinger/ Getty Images

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Pessoa de terno e gravata segurando caixa- Metrópoles

O termo desemprego natural refere-se a condição momentânea e ocasionada por demissão, troca de emprego ou pela recente inserção no mercado de trabalho, no caso de pessoas que estão em busca do primeiro empregoRUNSTUDIO/ Getty Images

Fotografia de um currículo rejeitado- Metrópoles

Desemprego estrutural tem como causa avanços tecnológicos e a inclusão de novos formatos de produção derivados desse processo. Já o desemprego conjuntural é aquele causado por crises politicas e/ou econômicas que se desencadeiam em escala regional, nacional ou globalPeter Dazeley/ Getty Images

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Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles

Desemprego sazonal refere-se à condição que se repete periodicamente, ou seja, temporária, e que está relacionada ao setor de serviços, como turismo, por exemploReprodução/Agência Brasil

Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles

No país, a metodologia utilizada pelo IBGE para realizar o levantamento da taxa de desemprego é denominada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNADHugo Barreto/Metrópoles

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Fotografia de uma lupa em cima da parte de classificados de um jornal- Metrópoles

Segundo a OIT, o cálculo deve excluir as pessoas que se encontram em trabalhos informais ou ainda aqueles que desistiram de procurar um, mesmo estando em condições para tal. Por essas razões, ainda segundo a organização, as estatísticas do desemprego podem ser subestimadasPeter Dazeley/ Getty Images

Várias pessoas em uma fila - metrópoles

Entre as principais consequências do desemprego estão: aumento da pobreza, aumento da violência, crescimento do índice de criminalidade e a obvia redução (ou ausência) da renda familiar, que ocasiona a fome, por exemplo. Além do aumento do trabalho infantil, do subemprego, aumento de problemas psicológicos e físicosYellow Dog Productions/ Getty Images

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Pessoa segurando carteira de trabalho - Metrópoles

Segundo a OIT, todas essas consequências impactam negativamente na economia e no desenvolvimento social de uma naçãoRafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o termo desemprego é definido como “a condição de pessoas que se encontram, atualmente, sem emprego formal, mas que estão em busca ou dispostas a aceitar um trabalho caso surja a oportunidade”Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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O nível da ocupação – ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – chegou a 57,4%, 2,8 pontos percentuais acima do registrado em outubro do ano passado.

por taboola

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Já a taxa composta de subutilização caiu para 19,5%, 6,7 pontos percentuais abaixo da registrada no mesmo trimestre do ano passado. A população subutilizada somou 22,7 milhões de pessoas, 7,2 milhões a menos que em outubro de 2021, o que corresponde a uma queda de 24,2% no período.

Rendimento

O trimestre encerrado em outubro também demonstra a tendência de crescimento para o número de empregados com Carteira de Trabalho assinada. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 2,3% (822 mil pessoas), chegando a 36,6 milhões.

O rendimento real habitual (valor médio recebido mensalmente por trabalhadores) também cresceu: o aumento foi de 2,9% em relação ao trimestre anterior, atingindo o total de R$ 2.754.

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Entre as posições, destaque para as altas de rendimento no grupo de Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (3,4%, ou mais R$ 137) e Conta própria (3,3%, ou mais R$ 69), além do Empregado com carteira de trabalho assinada (3,1%, ou mais R$ 79).

Já entre os grupamentos, os maiores aumentos foram em Transporte, armazenagem e correio (6,5%, ou mais R$ 163), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,7%, ou mais R$ 100) e Construção (5,5%, ou mais R$ 114).

Sem carteira assinada e informalidade

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado bateu o recorde da série, chegando a 13,4 milhões de pessoas, um aumento de 2,3% (297 mil pessoas) contra o trimestre anterior, e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.

Já a taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada, menor que o trimestre anterior, quando foi de 39,4%, e no mesmo período do ano passado, quando atingiu 40,7%. O número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões.

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