Foto: Reprodução
Monday, 27 de October de 2025 - 11:27:50
Idosa morre e tiroteio aterroriza moradores durante disputa entre facções em Costa Barros, no Rio
CONFRONTO ENTRE FACÇÕES

Uma intensa troca de tiros entre integrantes das facções Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP) provocou pânico na comunidade de Costa Barros, na Zona Norte do Rio, neste domingo (26). O confronto deixou duas pessoas mortas, entre elas uma idosa de 60 anos, e resultou na apreensão de sete fuzis e prisão de três suspeitos.

De acordo com a Polícia Militar, o embate começou quando criminosos do CV tentaram invadir o Complexo da Pedreira, dominado pelo TCP, partindo do Complexo do Chapadão. A ação desencadeou uma reação imediata dos rivais, que revidaram a tiros, forçando o recuo dos invasores.

Durante a fuga, dois traficantes do CV ficaram encurralados e invadiram a casa de Marli Macedo dos Santos, de 60 anos. O imóvel foi cercado por homens do TCP, e um dos invasores acabou atirando na moradora, que foi baleada na cabeça. Marli chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos.

Em outro ponto da comunidade, Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos, foi atingido no peito enquanto saía de um pagode e morreu após ser levado ao Hospital Municipal Francisco da Silva Telles.

Durante a operação de resposta, a PM trocou tiros com criminosos, resultando em dois mortos e três presos, incluindo o homem que invadiu a residência da idosa. A corporação apreendeu ainda sete fuzis e seis veículos roubados.

O clima de terror se espalhou pelo bairro. Clientes e funcionários de um comércio se refugiaram em cozinhas e banheiros para escapar dos disparos. Uma caixa d’água foi perfurada por balas, mas ninguém se feriu.

A UPA de Costa Barros, que havia sido reaberta recentemente, também foi afetada. Assim que os tiros começaram, funcionários tiveram de se esconder na sala de raio-x. Segundo a PM, foi determinada ocupação por tempo indeterminado na região, em parceria com órgãos públicos, para garantir o funcionamento dos serviços de saúde.

O episódio reacende o alerta sobre a escalada da violência na região. Há um mês, dois pacientes da mesma UPA chegaram a ser agredidos e sequestrados por traficantes, sendo liberados depois — o caso foi tratado à época como um engano dos criminosos.

Texto/Fonte: G1