O concurso Wildlife Photographer of the Year revelou imagens finalistas que retratam de forma impactante a diversidade da fauna e os desafios enfrentados por espécies em todo o planeta. As fotografias vencedoras serão anunciadas em 14 de outubro, seguidas de uma exposição no Museu de História Natural de Londres, que reunirá cem registros marcantes captados em diferentes regiões do mundo.
Entre os destaques está o trabalho do indiano Bidyut Kalita, que registrou um inseto transportando uma lagarta para alimentar sua prole, imagem que recebeu menção honrosa na categoria Comportamento: Invertebrados. Já o francês Emmanuel Tardy apresentou uma preguiça-de-garganta-marrom agarrada a um arame farpado na Costa Rica, revelando os riscos que esses animais enfrentam devido à fragmentação de seus habitats.
Na Antártida, o britânico Bertie Gregory acompanhou por dois meses colônias de pinguins-imperadores e flagrou filhotes obrigados a saltar de uma plataforma de gelo diretamente ao mar. Também chamaram atenção a fotografia de Kutub Uddin, que retratou bolores de limo como uma espécie de “retrato de família”, e o registro de Jamie Smart, que captou o bramido de um cervo-vermelho durante a temporada de acasalamento no Reino Unido.
O israelense Amit Eshel realizou seu sonho ao se aproximar de uma alcateia de lobos árticos no Canadá, enquanto o indiano Kesshav Vikram destacou a imponência de um urso-pardo às margens do Lago Kurile, na Rússia. Nos Estados Unidos, Parham Pourahmad flagrou um momento de afeto entre coiotes em São Francisco, e a suíça Leana Kuster se encantou com a delicadeza dos flamingos na região de Camargue, na França.
Outros registros também se destacaram pela força narrativa: Marina Cano documentou filhotes de guepardo aprendendo a caçar no Quênia; Lakshitha Karunarathna expôs a dura realidade de elefantes que se alimentam em lixões no Sri Lanka; e Gabriella Comi fotografou a tensão entre leões e uma cobra no Parque Nacional do Serengeti.
A lista de imagens finalistas inclui ainda cenas como a convivência entre águas-vivas e mergulhadores registrada por Ralph Pace, morcegos saindo de ruínas históricas fotografados por Sitaram Raul, e o “rio cristalino da vida” clicado por Isaac Szabo, na Flórida. Já o norte-americano Jassen Todorov mostrou do alto as salinas de San Francisco refletindo nuvens douradas, um contraste entre a exploração industrial e os atuais projetos de restauração ambiental.
A edição deste ano reforça o papel da fotografia como ferramenta de sensibilização para a preservação da biodiversidade, ao mesmo tempo em que revela a beleza e a vulnerabilidade dos ecossistemas diante das mudanças climáticas e da ação humana.