As comunidades Gamaliel I e II, na zona rural de Cuiabá, receberam neste sábado (1º.11) mais uma unidade do projeto Ciclo Vivo, sistema de aquaponia desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT) em parceria com a Associação de Moradores Rurais do Gamaliel I (Asprograma). A implantação contou com emenda parlamentar de R$ 200 mil e integra a terceira unidade do projeto no Estado, após as experiências bem-sucedidas na Comunidade Tenda de Abraão e no Instituto Terapêutico João L. Pizzato Resgate e Liberdade, em Tangará da Serra.
O sistema ocupa uma área de 170 m² e combina piscicultura e cultivo de hortaliças. Cada unidade possui seis tanques de 5 mil litros, abrigando cerca de 250 tilápias por tanque, além de aproximadamente 2 mil pés de hortaliças, como alface livre de defensivos agrícolas. A produção média mensal é de 250 quilos de peixes, e a integração com a horta permite reaproveitar a água em até 90%, reduzindo o consumo em comparação à hidroponia convencional. A renda total, considerando peixes e hortaliças, pode chegar a R$ 20 mil por mês.
O projeto prioriza o consumo local, com excedentes comercializados para fortalecer a economia da comunidade, que abriga cerca de 300 famílias, sendo 150 filiadas à associação. A manutenção ficará a cargo dos moradores, garantindo autonomia e sustentabilidade.
A secretária da Seaf, Andreia Fujioka, ressaltou a importância da iniciativa para a região: “Projetos como este transformam vidas, fortalecendo a cadeia da piscicultura e da aquicultura e gerando renda de forma sustentável e saudável.” O presidente da associação destacou que a iniciativa também melhora a qualidade de vida e promove inclusão social.
O coordenador da Seaf, Brasílio Soares, explicou que os alevinos já estão nos tanques e, em seis meses, será realizada a primeira despesca, enquanto as hortaliças estarão prontas em 20 dias para consumo e venda. O Ciclo Vivo é, segundo a secretaria, uma inovação que alia sustentabilidade, produtividade e desenvolvimento comunitário.