Entre janeiro e março de 2025, Mato Grosso registrou uma redução de 52,2% nos casos de malária em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de infecções caiu de 358 para 171. No cenário nacional, a incidência da doença também apresentou uma queda significativa de 26,8%, passando de 34,8 mil para 25,4 mil casos.
A diminuição dos casos foi acompanhada por uma redução de 27% nos óbitos relacionados à doença. Em 2023, foram notificadas 63 mortes, enquanto o número caiu para 43 neste ano. Esses avanços foram atribuídos à ampliação de testes rápidos e à introdução do medicamento tafenoquina, de dose única, que tem se mostrado eficaz no tratamento da malária causada pelo Plasmodium vivax, responsável por mais de 80% dos casos no último ano. A droga já foi implementada em 49 municípios da região amazônica e em nove distritos sanitários indígenas, e seu uso será expandido para outras áreas do país nos próximos meses, incluindo o Mato Grosso.
Além disso, o Ministério da Saúde apontou a redução no número de casos em três das cinco áreas de vigilância especial, como nas regiões de garimpo e assentamentos, que apresentaram quedas de 27,5% e 11%, respectivamente. O foco em áreas de maior vulnerabilidade social, como a Amazônia, onde 99% dos casos ocorrem, é uma estratégia importante para o controle da malária, uma doença que continua a desafiar o Brasil, mas que tem visto avanços no combate nos últimos anos.