Israel deu início nesta segunda-feira (13) à libertação de 1.968 prisioneiros palestinos, detidos em seu território, como parte do acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza. A medida ocorre simultaneamente à libertação dos últimos 20 reféns mantidos pelo grupo terrorista, ações que integram a trégua intermediada pelos Estados Unidos e negociada com o apoio do Egito, Catar e Turquia.

Os prisioneiros foram transportados em dezenas de ônibus até cidades da Faixa de Gaza e Beitunia, na Cisjordânia, onde milhares de familiares e moradores aguardavam para recebê-los. Entre os libertados, aproximadamente 250 cumpriam prisão perpétua por crimes contra o Estado de Israel. Muitos chegaram com a cabeça raspada e visivelmente debilitados, segundo registros da agência Reuters.

O acordo de trégua prevê, entre outros pontos, a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza, reduzindo a ocupação do território de 75% para 53%. O chefe do Estado-Maior de Israel orientou que as tropas estejam preparadas para todos os cenários, inclusive a operação de retorno dos reféns.

Ainda há pontos indefinidos no acordo, como a transição de governança na Faixa de Gaza e a entrega de armamentos pelo Hamas. O grupo já indicou que não aceitará tutela estrangeira, prevista na proposta apresentada pelos Estados Unidos. Uma cerimônia oficial para formalizar o acordo será realizada no Egito, com a presença de Donald Trump e outras 20 lideranças internacionais.

A libertação de prisioneiros e reféns marca um avanço significativo no processo de cessar-fogo e foi saudada pelo presidente americano como um “triunfo incrível para Israel e para o mundo”, reforçando o papel dos Estados Unidos na mediação do conflito.