O atacante português Diogo Jota, que atuava pelo Liverpool, e seu irmão André Silva, também jogador profissional, morreram em um acidente de carro na madrugada desta quinta-feira (3), na rodovia A-52, em Zamora, no noroeste da Espanha. Segundo a Guarda Civil espanhola, o veículo, um Lamborghini, saiu da pista após o estouro de um pneu durante uma ultrapassagem, pegando fogo e causando a morte imediata dos dois ocupantes.

O carro trafegava em direção a uma viagem entre Portugal e Reino Unido. De acordo com relatos, Jota havia passado recentemente por uma cirurgia no pulmão e optou por viajar de carro, evitando o avião. Autoridades locais informaram que os corpos passarão por identificação por DNA. O incêndio provocado pelo acidente chegou a se alastrar pela vegetação próxima, mas foi controlado pelos bombeiros.

Nas redes sociais, torcedores do Liverpool expressaram profunda tristeza e se reuniram em frente ao estádio Anfield, em Liverpool, para prestar homenagens. Um memorial com flores e uma faixa com a frase “Descanse em paz, Jota. YNWA” — acrônimo para “Você nunca andará sozinho”, lema da torcida — foi organizado.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também manifestou pesar pela morte do atleta. André Silva, irmão de Diogo, atuava pelo Penafiel, clube português.

Diogo Jota nasceu em 1996, na cidade de Massarelos, Portugal. Iniciou sua carreira no Paços de Ferreira, passou pelo Porto e seguiu para a Inglaterra, onde jogou pelo Wolverhampton antes de ser contratado pelo Liverpool em 2020. No clube inglês, conquistou títulos importantes, incluindo o Campeonato Inglês, a Copa da Inglaterra e duas Copas da Liga.

A Federação Portuguesa de Futebol divulgou nota lamentando as mortes e solicitou à UEFA a realização de um minuto de silêncio antes do jogo da seleção feminina contra a Espanha, em homenagem aos dois atletas. A entidade destacou o legado de Jota, tanto como jogador quanto pessoa, e reforçou o compromisso de honrar sua memória diariamente.