A Polícia Civil confirmou a morte de Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, ocorrida na manhã de hoje no hospital municipal de Cuiabá. Ela havia sido internada no dia 10 de setembro, após sofrer queimaduras de segundo e terceiro grau em 90% do corpo, em um incêndio que aconteceu na cidade de Paranatinga, localizada a 384 quilômetros da capital.

O corpo de Juliana será encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames necroscópicos, e informações sobre os procedimentos fúnebres ainda não foram divulgadas. Segundo o portal Gazeta Digital, a jovem estava em coma, mas acordou no último final de semana e conseguiu relatar o que ocorreu à sua mãe. No entanto, seu estado de saúde se agravou, levando à necessidade de intubação novamente, e ela não resistiu aos ferimentos.

A investigação revelou que o principal suspeito do crime é um ex-namorado de Juliana, de 20 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e cumprida pela Polícia Civil no dia 16 deste mês. O suspeito também sofreu queimaduras em 50% do corpo durante o incidente. Ele foi encontrado no hospital de Cuiabá, onde estava em tratamento.

As investigações começaram após um incêndio ser relatado no dia 9 de setembro no bairro Ipê Florido, onde um casal foi socorrido com queimaduras. Inicialmente, havia uma divergência nas narrativas, com familiares do suspeito sugerindo que se tratava de uma tentativa de suicídio, onde Juliana teria sido ferida ao tentar impedir a ação do companheiro. No entanto, essa versão foi considerada pouco plausível pela polícia, que obteve novos testemunhos indicando que o ex-namorado teria jogado álcool em Juliana e ateado fogo nela.

A Polícia Civil aprofundou as investigações e conseguiu identificar o posto onde o suspeito comprou R$ 13 em combustível para cometer o ato. O relacionamento entre Juliana e o suspeito durou três anos, mas havia terminado três meses antes do ataque. De acordo com o delegado Gabriel Conrado Souza, a mãe de Juliana relatou que a filha havia expressado temor em relação ao ex-companheiro, mencionando que, se algo lhe acontecesse, ele seria o responsável.

Em nota, a Polícia Civil informou que, ao ser informado sobre a prisão, o suspeito não demonstrou arrependimento ou constrangimento pelo crime cometido.