Quinta, 07 de janeiro de 2021 - 09:06:04
Jovem do Paraná some e família acredita que ele esteja em poder do CV de MT veja
BASTIDORES
Familiares temem por que o caso não é só de desaparecimento, principalmente por conta de drogas. “Não é isso”, pontua a pessoa ouvida pela reportagem. Eles acreditam no seqüestro e temem pelo pior.

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Douglas - bandidos - CV - sequestro

Douglas desapareceu em Campo Verde

Familiares buscam ajuda das autoridades para encontrar o jovem paranaense Douglas Silvério Gomes, de 24 anos, que desapareceu há seis dias, em Campo Verde (a 140 km de Cuiabá). Eles temem que Douglas tenha sido confundido com membro do Primeiro Membro da Capital (PCC) e seqüestrado por integrantes da facção inimiga: o Comando Vermelho (CV). Receiam também que o jovem seja morto em um tribunal do crime por conta da rivalidade das organizações criminosas.

Segundo um familiar (que não quis ter o nome citado) ouvido pela reportagem, Douglas, que é usuário de drogas, estava em Campo Verde para passar as festas de final de ano com a namorada.

Ele estava dormindo quando, em uma crise de abstinência, se levantou e saiu do imóvel, provavelmente para usar droga. Fora da residência, ele foi abordado por pessoas ainda não identificadas perguntando de qual facção ele era integrante.

Após a abordagem, ele gravou um vídeo e mandou para o pai. Ele sumiu em seguida e seu paradeiro é desconhecido desde então. O  teve acesso a gravação feita pelo desaparecido onde relata que está com medo e fala que ama o pai – assista.

 

No Paraná, os parentes começaram a receber mensagens dos supostos seqüestradores pedindo resgate de R$ 7 mil. Eles conseguiram abaixar para R$ 2 mil e efetuaram o pagamento para soltá-lo. Contudo, a família não teve mais notícias depois disso.

O parente diz que recebeu uma mensagem de um pastor de Jaciara, cidade vizinha a Campo Verde, onde viu Douglas amarrado e sendo levado por suspeitos a uma casa. Outra pastora também confirmou o fato para a família do desaparecido. O parente teme que o desaparecido passe pelo tribunal do crime do CV “por que ele falou demais”.

O familiar avalia que ele tenha sido confundido como membro do PCC por ter uma tatuagem muito parecida com que é usada pelos faccionados da cidade. Ele afirma que Douglas era de igreja, mas desandou, passando a usar drogas. “Ele não é de facção nem bandido nem nada”, diz.

Familiares temem por que o caso não é só de desaparecimento, principalmente por conta de drogas. “Não é isso”, pontua a pessoa ouvida pela reportagem. Eles acreditam no seqüestro e temem pelo pior. Um boletim de ocorrência foi registrado pela namorada de Douglas sobre o sumiço do jovem. A Polícia Civil acompanha o caso.

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