Vitor Jesus da Silva Flores, 20 anos, assassinado a tiros durante a noite desse sábado (09) enquanto assistia TV, deitado no sofá de casa, no bairro Jardim Amazonas, em Sorriso (420 km da Capital), pode ter sido executado por engano, e morreu no lugar do amigo Abner Elias da Conceição Sales, 23 anos, jurado de morte apor ter matado a esposa acidentalmente.
De acordo com a ocorrência, Abner foi preso pelo homicídio da esposa, Angélica Aparecida Gaio, 30 anos, atingida por um tiro de arma de pressão no rosto disparado pelo marido acidentalmente enquanto ele ‘brincava’ com a arma.
Leia mais: Mulher morre com tiro no rosto após marido "brincar" com espingarda
No entanto, o acusado foi solto na manhã desse sábado (09) após pagar fiança de R$ 1,1 mil.
Vitor, que era amigo do casal, ofereceu sua casa para que Abner morasse temporariamente, já que estava recebendo ameaças de morte de uma facção criminosa devido à morte da mulher.
Ainda segundo informações preliminares, Abner teria dormido durante todo o sábado na casa do amigo, após deixar a cadeia. Porém, teria levantado por volta das 19h20 após escutar os barulhos de tiros na residência e encontrou Vitor deitado no sofá já morto.
A Polícia Militar (PM) isolou o local, comunicou o fato à Polícia Civil, à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsáveis pelos procedimentos no andamento da ocorrência.
Em seguida, os militares saíram em rondas pela região buscando pelos assassinos, porém, os criminosos não foram encontrados.
Leia mais: Jovem tem cabeça estourada a tiros enquanto assistia TV em casa
De acordo com o delegado que investiga o caso, Getúlio Daniel, essa é apenas uma das linhas de investigação que a polícia segue, já que há muita coisa a apurar, pois, se trata de dois homicídios que aconteceram quase que simultaneamente, fatos que aconteceram muito rápido com um elo, Abner, presente nos dois homicídios.
O rapaz foi conduzido à delegacia, nesse caso, como testemunha e prestou depoimento.
"Ele [Vitor] era amigo do Abner e estava cedendo a casa para ele ficar, porque, após o homicídio, ele começou a ser ameaçado. Tudo aconteceu muito rápido, um homicídio atrás do outro. Ainda há essa obscuridade relativo à motivação do crime. Existem diversas linhas de investigação", explicou o delegado ao G1.