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Quarta, 04 de agosto de 2021 - 08:32:02
Julgamento de produtor que matou engenheira com tiro na cabeça é adiado
MPE TEM NOVAS PROVAS
Adiamento do júri, que estava marcado para 5 de agosto, se deu em razão de novas provas apresentadas pelo MPE

Foi adiado para o dia 27 de agosto o julgamento do produtor rural Jackson Furlan, acusado pela morte da engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza, registrado em novembro de 2019.

A decisão de adiamento, assinada nessa segunda-feira (2), foi da juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1ª Vara Criminal de Sorriso (420 km de Cuiabá), considerando que o Ministério Público Estadual apresentou novas provas sobre o caso.

A magistrada ressalta que as novas provas são "relevantes para a apuração do fato" e que não foi possível a intimação da defesa em tempo razoável. Isso porque a sessão do Tribunal do Júri estava marcada para a próxima quinta-feira, 5 de agosto.

Além do homicídio da engenheira, Jackson também responde pela tentativa de homicídio contra Vitor Giglio Brantis Fioravante, namorado da jovem.

Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu na madrugada do dia 9 de novembro de 2019, quando Jackson Furlan, irritado no trânsito, sacou uma arma e atirou contra o carro do casal.

Naquela noite, conforme a denúncia, Vitor e Júlia estavam em uma caminhonete voltando para casa quando acabaram tendo que dirigir devagar em razão de um outro carro que estava à sua frente no trânsito.

No entanto, Jackson estava no carro de trás e ficou irritado com a lentidão. Com isso, ele passou a perseguir o casal pelas ruas da cidade.

O namorado de Júlia relatou que, ao perceber a perseguição, tentou despistar o produtor rural. No entanto, em uma avenida da cidade, Jackson acabou reencontrando o casal e, bêbado, atirou contra a caminhonete.

Júlia foi atingida na cabeça pelo tiro que entrou pelo vidro traseiro do veículo. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada. À época do crime, a mulher tinha 28 anos e estava em Mato Grosso para visitar o namorado. Ela morava no Paraná.

Texto/Fonte: CAMILLA ZENI / REPÓRTER MT