Foto: O ex-senador Júlio Campos, que chegou a procurar ACM Neto para reclamar de fusão
Segunda, 08 de novembro de 2021 - 14:35:48
Júlio afirma que o "DEM raiz" avalia se vai seguir no União Br
POLITICA
Júlio afirma que o "DEM raiz" avalia se vai seguir no União Br

Um dos fundadores do Democratas em Mato Grosso, o ex-senador Júlio Campos afirmou que os membros mais antigos do partido avaliam se vão continuar ou deixar a sigla após a fusão com o PSL para a criação do União Brasil. Segundo ele, o cenário está sendo estudado não apenas por ele, mas por quem integra o “DEM de raiz”.

A declaração foi dada após reunião dele com o irmão, o senador Jayme Campos, e o deputado Dilmar Dal’Bosco, na última sexta-feira (05).

“Foi uma preliminar no sentido de como vamos organizar, se o grupo todo vai ficar unido em torno do União Brasil, ou se cada um está liberado para sair. Porque aqui é o DEM de raiz que está conversando”, disse.

Estamos vendo se cada um vai ser liberado para fazer novos rumos, nova política, ou se vamos continuar todos juntos nesse projeto

“Porque tem o DEM novo e o DEM de raiz. Estamos vendo se cada um vai ser liberado para fazer novos rumos, nova política, ou se vamos continuar todos juntos nesse projeto”, explicou

Júlio não tem escondido a sua insatisfação com a forma como a fusão entre o DEM e o PSL ocorreu em todo o País.

Inicialmente candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2022, hoje ele diz que nem mesmo sabe se vai tocar o projeto em frente, principalmente em razão do “inchaço” de candidatos da sigla – inclusive aqueles que devem sair à reeleição.

O ex-senador nega que esteja zangado, mas afirmou que procurou o presidente nacional do DEM, ACM Neto, e deixou claro o seu descontentamento com a imposição da fusão de cima para baixo, da forma como ocorreu, apontando uma possível desorganização da legenda.

“Expus ao presidente ACM Neto o meu descontentamento quanto à maneira como foi conduzida essa fusão, sem consulta às bases, às grandes lideranças, aos fundadores do partido”, criticou.

“Eu acho que o partido quando é organizado, há certa união, composição. E lamentavelmente, a decisão partiu de Brasília e agora as bases têm que aceitar ou, se não, procurar novos rumos”, completou.

Pedido de desculpas

Segundo Júlio, ACM Neto pediu desculpas a ele e reconheceu que a fusão ocorreu de maneira “realmente apressada”, mas justificou que foi necessário em razão da proximidade da eleição para o Governo Federal e a vontade do grupo de ter um nome de peso para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) no ano que vem.

“É uma composição que irá somar um grande recurso financeiro de fundo partidário e garantir outras vantagens, como tempo de TV, para o processo eleitoral de 2022. Porque é um pensamento desse grupo lançar um candidato para compor a terceira via na sucessão presidencial de 2022”, explicou.

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Texto/Fonte: LISLAINE DOS ANJOS