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Thursday, 10 de April de 2025 - 13:37:54
Justiça nega liberdade a réu acusado de homicídio em Florianópolis
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A juíza Cleni Serly Rauen Vieira, do Tribunal do Júri de Florianópolis, negou um novo pedido de liberdade feito pela defesa de Arthur Filipovitch Ferreira. Ele é acusado de matar uma pessoa e tentar matar outra. Além disso, a juíza também recusou o pedido para absolvê-lo e rejeitou outras solicitações, como a reconstituição do crime e novas provas. A audiência do caso está marcada para o dia 16 deste mês.

 

A defesa de Arthur alegou que ele agiu em legítima defesa após ser atacado com uma faca, mas a juíza afirmou que o processo ainda está em fase inicial e que só será possível analisar os fatos ao final da instrução.

 

O pedido de reconstituição do crime foi considerado desnecessário pela juíza, já que as testemunhas, a vítima que sobreviveu e o próprio acusado já prestaram depoimentos. Sobre as câmeras de segurança próximas ao local, a juíza determinou que a Polícia Civil informe, em até 20 dias, se há imagens que possam ajudar na investigação.

 

Foi autorizado que a Polícia Científica envie o laudo do local do crime, já que o documento ainda não está no processo. Em outro pedido, a defesa queria explicações sobre áudios e documentos anexados ao caso, mas a juíza negou, dizendo que as provas vieram de testemunhas e da própria polícia. Ela também lembrou que Arthur publicou uma foto no Instagram mostrando uma das vítimas já morta, com a legenda: "Tô vivo e matei 1".

 

O pedido para que Arthur respondesse em liberdade também foi negado. A juíza citou a gravidade dos crimes — um homicídio e uma tentativa de assassinato — e disse que é necessário manter a ordem pública, garantir o andamento do processo e a aplicação da lei.

 

A magistrada ainda afirmou que há risco de o acusado tentar intimidar testemunhas, incluindo sua irmã, Kaya Filipovitch Ferreira, esposa de uma das vítimas. Além disso, destacou que Arthur já tem histórico criminal e responde por outros crimes em Mato Grosso e São Paulo, como estelionato, furto e ameaça.

 

Durante as investigações, surgiram relatos de que o crime pode ter sido motivado por uma dívida. Rodrigo, uma das vítimas, contou que Arthur estava morando em sua casa e chegou a ameaçar a família, dizendo que tinha ligação com uma facção criminosa. No dia do crime, Rodrigo teria chamado seu padrasto, Ricardo, para ajudá-lo a tirar Arthur da residência.

 

A polícia também descobriu que Ricardo tem antecedentes por alienação parental, ameaça, desobediência e resistência.

Texto/Fonte: Olhar Jurídico