Recém-eleito líder da bancada federal de Mato Grosso, o deputado Dr. Leonardo Albuquerque (Solidariedade) criticou a politização em torno da troca do modal a ser implantado na Grande Cuiabá e fez críticas pesadas à obra inacabada do Veículo Leve sobre Trilhos.

Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta semana, o parlamentar se declarou a favor do ônibus de trânsito rápido (BRT) e apoiou a decisão do governador Mauro Mendes (DEM) de mudar o modal, referindo-se ao VLT como uma “ferida aberta” em Cuiabá e Várzea Grande.

“Foi uma decisão acertada do governador Mauro Mendes. O VLT é caro, essa sucata está toda lá entregue ao tempo, está enferrujando e ninguém vai querer mais comprar”, disse.

Foi uma decisão acertada do governador Mauro Mendes. O VLT é caro, essa sucata está toda lá entregue ao tempo, está enferrujando e ninguém vai querer mais comprar

“Gastou R$ 1 bilhão? Sim. Puna os culpados, devolva o dinheiro se alguém fez o ilícito. Mas o BRT você não precisa subsidiar, é mais barato, mais fácil de resolver”, completou.

Dr. Leonardo criticou a disputa política que ocorre entre o governador e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), uma vez que esse último é defensor do VLT e declarou “guerra” ao Governo do Estado na tentativa de barrar a troca do modal.

O principal argumento de Emanuel é de que o Município não foi ouvido pelo Estado, sendo a troca uma decisão unilateral do governador.

“Há uma politização. E nunca dá muito certo quando você coloca a política à frente da ciência ou da técnica. Isso já deveria estar resolvido e estão ainda em uma disputa para permanecer com essa vergonha, essa cicatriz na nossa cidade e por mais tempo enrolar em dar uma solução à população”, disparou.

O parlamentar ressaltou que não há razão para não se optar pelo BRT na Capital, principalmente diante de modelos de sucesso do modal que já existem em outros estados.

“O VLT éuma vergonha para Mato Grosso, uma ferida aberta na nossa Capital e em Várzea Grande há muito tempo e os apontamentos já estão resolvidos. Foi uma bobagem, uma burrice, os interesses foram outros em colocar o VLT”, afirmou.

Conforme o deputado federal, a disputa entre os dois modais chegou apenas à bancada federal, mas não aos órgãos oficiais de Brasília. Segundo ele, trata-se de uma questão que tem que ser resolvida no Estado.

“Foi feito errado? Sim. Mas o Ministério Público e a Justiça estão aí para julgar aquilo que seja ilícito, que seja errado, e vamos resolver. Chega disso, já existem pareceres técnicos. Vamos parar a disputa política, entrar em entendimento e resolver o problema”, disse.

“O que não pode é ficar enrolando mais, vai passar um ou dois anos, não vai ser resolvido e vamos ficar até quando com esse problema?”, questionou.