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Thursday, 25 de April de 2024 - 08:36:03
Líder de organização criminosa suspeito de lavagem milionária é preso após escapar com tornozeleira eletrônica
Líder de organização criminosa suspeito de lavagem milionária
preso após escapar com tornozeleira eletrônica

Um líder de uma organização criminosa, suspeito de lavar mais de R$ 65 milhões em dinheiro ilícito, conseguiu burlar o sistema de monitoramento de sua tornozeleira eletrônica e passou o réveillon de 2023 em hotéis luxuosos de Santa Catarina, acompanhado por três comparsas.

Durante toda a viagem, a tornozeleira indicava que ele estava em sua residência, em Cuiabá, capital do Mato Grosso.

Após uma investigação conjunta entre as Polícias Civis de Mato Grosso e de Alagoas, os quatro suspeitos foram presos como parte da Operação Apito Final.

O líder da organização criminosa já havia sido identificado como o responsável pelo tráfico de drogas em uma região específica, após sua libertação da prisão, e agora enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e outros crimes.

Durante o período em que a tornozeleira eletrônica indicava falsamente que o suspeito permanecia em sua residência, ele e seus comparsas desfrutaram de uma estadia luxuosa em Santa Catarina, aproveitando praias, bares e até mesmo praticando paraquedismo. Essa habilidade de evadir o sistema de monitoramento levanta questionamentos sobre a segurança e eficácia desse dispositivo.

O delegado responsável pelo caso, Gustavo Belão, destacou que a investigação sobre como o sistema da tornozeleira foi burlado ainda está em andamento. Entretanto, ressaltou que o equipamento permaneceu fisicamente em Cuiabá durante todo o período da viagem do suspeito.

A prisão dos quatro indivíduos foi resultado de uma ampla operação policial que mobilizou recursos de diferentes estados, demonstrando a cooperação entre as autoridades para combater o crime organizado.

Além das prisões, a Operação Apito Final resultou na descoberta de um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia a compra de diversos bens, incluindo terrenos, casas e apartamentos, muitos localizados em áreas de classe média na capital mato-grossense. Esses ativos eram adquiridos em nome de “testas de ferro”, mas estavam diretamente ligados ao principal alvo da investigação.

Texto/Fonte: Fonte: Yan Rocha/MTUOL com informações do G1MT