O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (25) que o Ministério das Relações Exteriores prestará apoio à família de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana, para prestar minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Itamaraty que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, escreveu Lula em uma rede social.
O presidente, no entanto, não especificou como será feito esse suporte. De acordo com a legislação brasileira, o governo não cobre os custos com traslado ou sepultamento de cidadãos que morrem no exterior. Assim, caberá à família de Juliana — e a uma amiga que acompanha o caso — arcar com essas despesas.
Juliana foi localizada sem vida na última terça-feira (24), após cerca de 15 horas de operação das equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia. Ela desapareceu durante uma trilha no Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok. O corpo foi transferido para Bali, onde será submetido a autópsia.
A família da jovem tem feito críticas à condução do resgate. Em publicação nas redes sociais, os familiares acusaram as autoridades locais de negligência: “Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva. [...] Agora nós vamos atrás de justiça por ela”, diz o texto.
A tragédia gerou comoção internacional. Outro caso recente envolvendo o mesmo vulcão mostra que, mesmo em quedas graves, o resgate ágil pode ser determinante: um turista irlandês sobreviveu após despencar 200 metros em uma trilha no local, o que reacendeu o debate sobre a preparação e estrutura das equipes de salvamento no destino turístico.
A família de Juliana segue mobilizada em busca de recursos e justiça enquanto aguarda a liberação do corpo para retorno ao Brasil.