Ao longo da campanha, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sinalizou que pretende fazer mudanças na configuração da Esplanada dos Ministérios em 2023. A intenção, exposta nos discursos feitos em atos políticos, foi formalizada em carta publicada pelo petista com detalhes das propostas para o governo.
Na contramão do “enxugamento” prometido por Jair Bolsonaro (PL) quando foi eleito em 2018, Lula chegou a defender a volta de todas as pastas extintas após a saída do PT do governo — à época do governo Dilma Rousseff, eram 32.
Lula, no entanto, se recusa a adiantar nomes de possíveis ministros, mesmo após a vitória, com nenhum petista falando abertamente no assunto e apostas todas no campo da pura especulação. Sabe-se que cinco novos ministérios serão criados. Sobre os seus ocupantes, porém, só há inícios de articulação.
Pelo que está acertado até agora na campanha, dificilmente o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), ficará fora de algum ministério. Como aconteceu quando seu nome foi indicado para a vice na chapa, Alckmin segue sendo visto como um político capaz de abrir o PT para novas perspectivas e atrair a confiança do poder econômico. Por isso, uma das possibilidades é que ele assuma a Fazenda ou outra pasta da área econômica.
Veja um panorama dos nomes aventados até agora para o ministério de Lula:
Atualmente, a administração pública federal é dividida em 18 ministérios, três órgãos com esse status e duas secretarias. Ao longo do mandato, o atual mandatário da República retirou o Banco Central da lista, ao aprovar a autonomia da autoridade fiscal em 2021.