Foto: Fernando Maia/Riotur
Thursday, 23 de October de 2025 - 06:32:44
Maracanã, 6°BPM e imóveis da Uerj entram em lista de bens do Rio que podem ser vendidos
ECONOMIA PÚBLICA

O governo do Rio de Janeiro incluiu na lista de imóveis que podem ser vendidos o Complexo do Maracanã, a Aldeia Maracanã e bens da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), como parte de um esforço para arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão e reduzir o déficit previsto em quase R$ 19 bilhões para 2026. O projeto ainda precisa passar pelo plenário da Assembleia Legislativa, onde novas alterações podem ser feitas.

Após mudanças aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a lista passou de 48 para 62 imóveis. Foram retirados 16 endereços, incluindo o Batalhão da PM do Leblon, a Escola de Música Villa-Lobos e o Complexo de Caio Martins, em Niterói. Por outro lado, 30 novos imóveis foram adicionados, entre eles o Maracanã e a Aldeia Maracanã, ambos considerados subutilizados.

O parecer, relatado pelo deputado Alexandre Knoploch (PL), se baseou em vistorias que identificaram imóveis com destinação pública confirmada, os quais não deveriam ser alienados. Já o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União), defendeu as inclusões, destacando o alto custo de manutenção de imóveis subutilizados. “O governo paga fortunas de manutenção do Complexo do Maracanã, em torno de R$ 1 milhão por partida. Já a Aldeia Maracanã, de 14 mil metros quadrados, está em situação precária e sem uso social definido”, afirmou.

A venda dos imóveis está vinculada a uma possível adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite abater débitos com o governo federal usando bens públicos. Segundo a proposta orçamentária de 2026, o Rio deverá pagar R$ 12,3 bilhões apenas em serviço da dívida pública no próximo ano.

A lista completa inclui imóveis na Zona Sul, Norte, Oeste, Central e Portuária, Zona Sudoeste do Rio, além de bens em Niterói e Cachoeiras de Macacu, totalizando 62 propriedades que poderão ser negociadas caso o projeto seja aprovado no plenário.

Texto/Fonte: G1