O Ministério da Agricultura desclassificou e considerou impróprios para consumo três produtos conhecidos como “café fake” após identificar impurezas e matérias estranhas acima do limite legal, além de níveis excessivos de micotoxinas. Esses produtos são rotulados como “pó para preparo de bebida sabor café”, mas não contêm café em sua composição e podem confundir o consumidor pela semelhança com embalagens de marcas tradicionais.
A análise detectou itens como pedras, areia, sementes de outras plantas, galhos, folhas e cascas — componentes proibidos quando ultrapassam 1% do conteúdo. Além disso, os produtos apresentaram contaminação por micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos que podem ser prejudiciais à saúde.
Entre os produtos desclassificados estão marcas como Melissa, Oficial e Pingo Preto. A empresa responsável pela Melissa afirmou que o item não é rotulado como café tradicional, mas sim como uma mistura permitida por lei. As demais marcas ainda não responderam aos questionamentos.
O Ministério orienta os consumidores a verificarem atentamente os rótulos. Os produtos falsos geralmente têm o termo “pó para preparo de bebida sabor café” em letras pequenas, normalmente na parte inferior da embalagem. Eles também costumam ser significativamente mais baratos.
Quem comprou os produtos listados deve interromper o consumo imediatamente. É possível exigir a substituição com base no Código de Defesa do Consumidor. Caso esses produtos ainda estejam à venda, o Ministério da Agricultura pede que denúncias sejam feitas pelo canal Fala.BR, informando nome e endereço do estabelecimento.
O aumento nos preços do café tem incentivado a circulação desses produtos alternativos, que tentam simular o sabor do grão original, mas sem qualquer garantia de qualidade ou segurança alimentar.
A fiscalização reforça a importância da atenção do consumidor na escolha de alimentos e do combate a práticas que colocam a saúde pública em risco.