A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) confirmou mais três casos de intoxicação por metanol no estado — um em Várzea Grande e dois em Itanhangá — elevando para quatro o total de registros laboratoriais até o momento. No caso de Várzea Grande, o paciente não resistiu e morreu em decorrência da exposição à substância.

Os dois casos de Itanhangá envolvem um jovem de 26 anos e a sogra dele, de 42, ambos após consumo de whisky. O rapaz apresentou vômito, náuseas, dor no peito, tontura e dificuldade respiratória, mas já recebeu alta. A mulher, porém, permanece internada em estado grave, com quadro que inclui perda progressiva da visão, dificuldade para caminhar, fadiga, náuseas e vômitos.

A SES-MT reforçou o alerta à população sobre a importância de verificar a procedência de bebidas alcoólicas. O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, lamentou a morte registrada e destacou que o cumprimento das orientações oficiais é essencial para evitar novos episódios. A primeira confirmação de intoxicação no estado foi feita em 22 de outubro, envolvendo um homem de 24 anos, morador de Várzea Grande, que sofreu lesão ocular irreversível.

Até esta quinta-feira (13.11), dez casos suspeitos foram notificados em Mato Grosso: quatro confirmados, dois em investigação — um em Água Boa e outro em Várzea Grande — e quatro já descartados. A superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, orientou que a população evite bebidas de lotes mencionados em comunicados de risco ou de origem duvidosa, confira rótulos, datas e lotes, e denuncie pontos de venda suspeitos pelos canais oficiais, como o Fale Cidadão – Ouvidoria do Estado.

Ela enfatizou que sintomas como visão borrada, náuseas, dor abdominal, tontura, vômitos ou dor de cabeça intensa exigem busca imediata por atendimento em unidades de urgência, já que a rapidez no socorro pode evitar complicações graves. A SES também disponibilizou um painel atualizado diariamente com dados sobre casos confirmados e suspeitos.

Substância usada na indústria como solvente, combustível e componente de produtos de limpeza, o metanol pode causar danos severos mesmo em pequenas quantidades, incluindo lesões neurológicas, hepáticas e visuais, com risco de cegueira permanente ou morte.