Mato Grosso ampliou a adoção de tecnologias voltadas à agropecuária sustentável e já cumpre 17% da meta nacional do plano ABC+, segundo dados divulgados pela plataforma nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária. O desempenho coloca o Estado em posição de destaque no avanço das práticas de baixa emissão de carbono previstas para serem consolidadas até 2030.

Instituído pelo governo federal em 2021, o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura orienta o desenvolvimento sustentável no país, conciliando produtividade, eficiência e redução das emissões de gases de efeito estufa. A estratégia nacional para o período entre 2023 e 2030 prioriza a integração produtiva e o uso de tecnologias conservacionistas.

No Estado, as instituições locais atuam em várias frentes para ampliar a adoção de sistemas sustentáveis. Entre as ações estão a difusão tecnológica, a capacitação de produtores, o fortalecimento da pesquisa aplicada e a criação de mecanismos de incentivo. O objetivo é integrar a agropecuária à paisagem de forma equilibrada e monitorar permanentemente os resultados alcançados.

As tecnologias com maior avanço em Mato Grosso são os bioinsumos, que já atingem 83,50% da meta, seguidos pelo sistema de plantio direto de grãos, com 64,46%, reforçando o foco na conservação do solo e na eficiência produtiva. Na pecuária, a terminação intensiva de bovinos alcança 59,75%, mostrando a ampliação de modelos produtivos de menor impacto ambiental.

Já a integração lavoura-pecuária-floresta avança 22,33%, ampliando gradualmente o uso de sistemas integrados no território mato-grossense. No caso dos sistemas irrigados, os dados da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso indicam que o índice atual é de 13,08%, demonstrando potencial para expansão de práticas de irrigação eficiente como estratégia para intensificar a produção de forma sustentável.