O deputado federal José Medeiros (PL) acredita que a responsabilidade pela crise política enfrentada pelo Brasil que culminou com os atos de vandalismo registrados em Brasília no último dia 8 de janeiro é do ministro Alexandre de Moraes. A declaração foi feita em entrevista à TV Centro América, na última quinta-feira (12).
Para Medeiros, a população demanda transparência dos agentes públicos. Para o parlamentar, o que se habituou a chamar de Bolsonarismo foi um movimento que teve início de 2013 que viu na figura de Jair Bolsonaro o catalizador dos seus anseios. “Mas a verdade é que a política e todos os agentes públicos há muito tempo não vem correspondendo aos anseios da sociedade. E a população vem muito insatisfeita com isso, procurando formas de satisfazer os seus anseios, os serviços públicos, enfim, tudo”.
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O parlamentar disse que fez questão de apontar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, como o responsável pela crise política
“Eu até disse no Twitter há poucos dias que tudo o que está acontecendo tem um responsável, que é o ministro Alexandre de Moraes. E expliquei, e inclusive marquei ele, falei ‘ministro, é possível acabar com tudo isso, basta a gente ser bastante transparente’”, disse Medeiros.
Em postagem no Twitter na última segunda-feira (09), o deputado respondeu a um tweet da Moraes acusando-o de ser o responsável pelos atos de domingo (08). “Sua responsabilidade é direta nesses atos, tivesse o senado um Alexandre de Morais o senhor já estaria afastado”, escreveu. (Veja a postagem abaixo).
Para o deputado, a ação de vândalos em Brasília representa uma minoria que, na visão dele, adota comportamentos típicos dos partidos e movimentos de esquerda.
“Então eu noto que essa minoria, ela acaba contaminando todo o processo porque o ideal é que as pessoas quando protestem, protestem mostrando, pode ser com faixas, passeatas, faixas, mas não fechando rodovias, não copiando o PT e o PSOL”, afirmou.
Medeiros defendeu que a direita ainda é “ingênua” se comparada com os militantes e lideranças da esquerda que, segundo ele, foram treinados em Cuba e participaram da luta armada e que é preciso que os agentes desse espectro político hajam com estratégia.
“Agora, tem que reorganizar e ir para frente porque eles vão usar esse episódio para criminalizar a Direita. Já estão fazendo. A gente sente que agora nós estamos naquela situação parecendo o Código de Miranda, tudo o que você falar poderá ser usado e será contra você no tribunal”, concluiu.