O médico de 29 anos, principal suspeito da morte de Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva após prestar depoimento de aproximadamente uma hora à Polícia Civil. O caso, inicialmente registrado como homicídio, está sob apuração detalhada das autoridades.

Em sua declaração, o profissional relatou que, naquela noite, ele e a adolescente retornavam de um programa social embriagados, quando Kethlyn pediu para dirigir sentada em seu colo. Foi então que ele, acreditando não haver munição na arma, teria apontado o revólver para fora do veículo e tentado disparar. Segundo ele, o equipamento falhou na primeira tentativa, mas acabou disparando acidentalmente ao manuseá-lo, atingindo a jovem na cabeça.

A polícia investiga a consistência desse relato, confrontando-o com o laudo pericial e os depoimentos de testemunhas. Além disso, as circunstâncias do relacionamento entre o médico e a vítima são analisadas, para verificar se houve crime de estupro de vulnerável, uma vez que Kethlyn completou 15 anos em 31 de março.

Após o disparo, o médico levou a adolescente ao hospital local, onde ela recebeu atendimento por cerca de 40 minutos, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com funcionários da unidade de saúde, ao constatar o óbito, o suspeito, em estado de choque, teria destruído móveis e janelas antes de ser contido.

O velório e sepultamento de Kethlyn ocorreram na segunda-feira (5) no cemitério municipal de Guarantã do Norte. A investigação seguirá para esclarecer inteiramente a dinâmica do incidente e confirmar responsabilidades.