A menina Bianca, de quatro anos, morreu após cair de uma das bordas do Cânion Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul (RS), nesta quinta-feira (10). Segundo relatos, ela estava com os pais, que são turistas de Curitiba (PR), e se afastou correndo enquanto a família se dirigia para um banco. O pai tentou alcançá-la, mas não conseguiu impedir a queda. No local do acidente, não há cercas de proteção.

O secretário de Turismo do município, Andrews Mohr, lamentou o ocorrido. “Deixo minha solidariedade e todo carinho à família que enfrenta uma dor imensa. Agradeço também o empenho das forças de segurança do estado durante o resgate”, declarou.

A administração do parque informou que está colaborando com as investigações da Polícia Civil, que já instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Em sinal de luto, o Cânion Fortaleza permanecerá fechado nesta sexta-feira (11).

Como é o local

O Cânion Fortaleza é uma das atrações mais visitadas da região e está situado a cerca de 23 km do centro de Cambará do Sul. Com 7,5 km de extensão, 2 mil metros de largura e altitude superior a 1.100 metros, o local é conhecido por suas trilhas e vistas panorâmicas.

Entre os trajetos disponíveis estão a Trilha do Mirante, que oferece visão de toda a formação geológica; a Trilha da Cachoeira do Tigre Preto, com uma queda d’água de 250 metros; e a Borda Sul, que permite observar as fendas mais profundas, que chegam a 900 metros de altura.

Concessionária se pronuncia

A empresa Urbia Cânions Verdes, responsável pelos serviços de apoio à visitação nos parques Aparados da Serra e Serra Geral, divulgou nota lamentando profundamente a tragédia. A concessionária informou que mobilizou suas equipes imediatamente após ser notificada do acidente e que segue à disposição das autoridades.

“Estamos consternados com a tragédia e nos solidarizamos com a família da criança. Seguiremos cooperando com as investigações e, em respeito à vítima, manteremos o cânion fechado nesta sexta-feira”, informou a nota.

O caso levanta questionamentos sobre a segurança em áreas turísticas naturais, especialmente em locais com acesso irrestrito a áreas de risco sem estruturas de proteção.