Foto: MTUOL
Quarta, 17 de abril de 2024 - 09:07:07
Menor conta que motorista se ajoelhou em sua frente e pediu para não morrer: “estava com muita raiva e não dei atenção”
Menor conta que motorista se ajoelhou em sua frente e pediu para não morrer
“estava com muita raiva e não dei atenção”

Um relato chocante emergiu durante o depoimento do adolescente identificado pelas iniciais L.P. dos S., de apenas 15 anos, acusado de envolvimento nos brutais assassinatos de três motoristas de aplicativo em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, entre os dias 11 e 14 de abril. Em um testemunho angustiante, o jovem revelou que seus atos foram motivados por um misto de revolta e desejo de vingança, culminando em um desfecho trágico para suas vítimas.

De acordo com seu depoimento, L.P. conheceu seus comparsas, identificados como E.G.M. de L. e L.F. da S., há dois meses, em uma praça no bairro Cristo Rei. No entanto, sua história de desespero tem raízes ainda mais profundas, remontando a uma tragédia familiar que o assolou. Após perder seu irmão em um assalto em Rio Branco, Acre, onde ambos tentavam roubar um mercado, L.P. foi ferido nas costas e viu-se obrigado a mudar-se para Várzea Grande, buscando fugir da violência que assombrava sua vida.

Sua chegada a Várzea Grande, no entanto, não trouxe alívio para suas angústias. L.P. confessou que, em conjunto com seus amigos, planejou uma série de roubos, culminando nos crimes brutais que abalaram a cidade. Em seu depoimento, ele descreveu o momento em que Elizeu, uma de suas vítimas, suplicou por sua vida, ajoelhando-se diante dele em um gesto desesperado. No entanto, imerso em sua própria fúria, L.P. admitiu não ter dado ouvidos ao pedido de clemência.

O relato perturbador do adolescente revela não apenas a violência dos atos cometidos, mas também a complexidade dos sentimentos que os motivaram. Movido por uma mistura de dor, raiva e desejo de vingança, L.P. descreveu com frieza como agrediu brutalmente suas vítimas, sem sentir qualquer arrependimento. Para ele, os assassinatos não foram apenas atos de violência, mas também fonte de prazer, uma revelação que arrepia até os mais insensíveis.

Este relato nos lembra da urgência em combater não apenas os sintomas, mas também as causas profundas da violência que assola nossas comunidades. A história de L.P. é um lembrete sombrio das vidas perdidas e dos sonhos interrompidos por uma espiral de violência e desespero.

Neste momento de reflexão, é fundamental que as autoridades ajam com rigor para garantir que os responsáveis por esses atos hediondos sejam levados à justiça. Mais do que isso, é necessário que enfrentemos as raízes da violência, oferecendo suporte e oportunidades para aqueles que, como L.P., se encontram perdidos em um ciclo de desespero e destruição.

Texto/Fonte: Fonte Helen Oliveira/ MTUOL com informações do VGN