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Quinta, 11 de novembro de 2021 - 08:07:59
Moradores fazem manifestação para cobrar justiça por criança que morreu após ser espancada e abusada
COBRANDO JUSTIÇA
Em carros e motos, os manifestantes seguiram de forma pacífica pela Transpantaneira. Alguns veículos carregavam balões brancos.

Moradores de Poconé, a 103 km de Cuiabá, realizaram uma manifestação, nessa quarta-feira (10), para cobrar justiça pela morte da menina de 2 anos que teria sido estuprada, espancada e torturada pelo tios que tinham a guarda provisória dela. O casal foi preso na quinta-feira (4), suspeitos de maus-tratos, após a criança dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento com graves ferimentos. Três dias depois, ela morreu.

Em carros e motos, os manifestantes seguiram de forma pacífica pela Transpantaneira. Alguns veículos carregavam balões brancos. Outros levavam cartazes com pedidos de justiça.

 

A menina deu entrada em uma unidade de saúde, depois de uma suposta sequência de maus-tratos. A situação se agravou e a menina acabou morrendo cinco dias depois.

O delegado afirmou que a princípio o tio, que tem 42 anos, e a mulher dele, que supostamente teria participação no crime, negaram as acusações, dizendo que a menina teria caído da cama, mas, durante o depoimento, a mulher teria decidido contar a verdade.

O pai biológico da criança disse que há cinco meses não tinha contato com a filha e que estava buscando reaver a guarda, quando recebeu a notícia da morte dela. "Eu tinha esperança de que ela estava viva, mas nem depois de morta o Conselho Tutelar quis me deixar vê-la. Agora eu quero Justiça", afirmou Altamiro Pereira.

Até agora já foram ouvidos então pelo delegado, os pais da garotinha, as conselheiras tutelares, o tio e a esposa, e deve ser ouvida ainda outra pessoa da família, que teria forjado uma situação de incapacidade aos pais, para tirar a guarda e deixar a criança com o tio.

De acordo com a Polícia Civil, o tio tinha vídeos da criança no celular. Entre as imagens estão dela desfilando nua, claramente forçada a fazer aquilo, e com hematomas pelo corpo.

O casal estava com a guarda provisória da vítima, depois de os pais terem sido apontados como incapazes de cuidar.

A tia, segundo o delegado Maurício Maciel, responsável pela investigação do caso, não teria ligação com os abusos, a princípio, mas era omissa e há suspeita de que tenha agredido a criança também.

O inquérito deve ser concluído em dez dias.

Texto/Fonte: g1 MT