Uma mulher foi presa no Aeroporto de Brasília após afirmar que levava uma bomba na bagagem, mesmo dizendo que era apenas uma brincadeira. A Polícia Federal inspecionou a mala e não encontrou explosivos, mas Karyny Virgino Silva foi detida em flagrante por atentado contra a segurança de transporte aéreo.
Segundo especialistas, qualquer menção a explosivos em aeroportos é tratada como ameaça real, pois pode gerar pânico, mobilizar forças de segurança e interromper operações. A legislação brasileira, no artigo 261 do Código Penal, prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão e multa para quem colocar em risco transporte público, incluindo aviões.
Durante o check-in, as companhias aéreas perguntam sobre itens proibidos, como explosivos, combustíveis, gases e materiais radioativos. Casos de brincadeiras com ameaças de bomba já provocaram atrasos, evacuação de aeronaves e detenção de passageiros em outras ocasiões, como em 2013, 2019 e 2023.
Na audiência de custódia, a juíza concedeu liberdade provisória a Karyny, determinando que ela compareça a todos os atos do processo, mantenha endereço atualizado e não mude de residência sem autorização judicial. A defesa afirmou que a declaração foi uma “piada infeliz”, a ser avaliada durante o processo.
A mulher, servidora do Banco do Brasil, embarcaria para Confins (MG) pela Azul Linhas Aéreas, e estava acompanhada de uma amiga, que teve seus pertences inspecionados, mas foi liberada. A companhia aérea afirmou que medidas como essa são essenciais para a segurança das operações.