China e Estados Unidos anunciaram neste fim de semana um acordo para reduzir drasticamente as tarifas impostas um ao outro durante a guerra comercial recente. As taxas de importação dos EUA sobre produtos chineses cairão de 145% para 30%, enquanto as da China sobre itens americanos serão reduzidas de 125% para 10%. A medida deve entrar em vigor até a próxima quarta-feira (14), embora a data exata não tenha sido divulgada.
Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o acordo marca uma rejeição mútua ao "desacoplamento" econômico entre as duas maiores economias do mundo. No entanto, ele afirmou que os EUA continuarão reavaliando sua dependência da China em setores estratégicos como semicondutores, aço e medicamentos.
O anúncio provocou reações positivas nos mercados financeiros: o dólar se valorizou e bolsas globais registraram altas, com investidores aliviados diante da redução do risco de uma recessão global causada pelo prolongamento das disputas comerciais.
Especialistas classificaram o acordo como mais abrangente do que o esperado. Para o economista Zhiwei Zhang, da Pinpoint Asset Management, a decisão surpreendeu positivamente e ajuda a restaurar a confiança nas cadeias globais de suprimento.