A Operação Barricada Zero mobilizou forças de segurança em comunidades de cinco municípios do Rio de Janeiro: Mangueirinha (Duque de Caxias), Grão-Pará (Nova Iguaçu), São Simão e Dom Bosco (Queimados), Cidade de Deus (capital) e Jardim Catarina (São Gonçalo). De acordo com o Palácio Guanabara, cerca de 200 toneladas de materiais usados como bloqueios foram retiradas das vias. Na Cidade de Deus, quatro pessoas foram presas; em Queimados, houve mais uma detenção.
O governador Cláudio Castro afirmou que ações integradas das polícias Civil e Militar serão mantidas para impedir a reinstalação das barreiras que impedem a circulação de moradores. Ele classificou a iniciativa como um enfrentamento direto à criminalidade e à ocupação territorial promovida por grupos armados. Segundo Castro, os moradores voltaram a demonstrar esperança diante da retirada dos obstáculos.
O mapeamento realizado pelo Instituto de Segurança Pública identificou 13.604 barreiras no Grande Rio, e a primeira etapa da operação deve alcançar 12 municípios. A proposta é que as prefeituras façam o monitoramento regular, enquanto a remoção será planejada pelos órgãos estaduais de segurança, que também irão adotar um sistema de gratificação para batalhões responsáveis pela retirada e prevenção de reinstalações.
A tecnologia empregada no Sistema de Identificação Georreferenciada das barricadas reúne informações de drones, helicópteros, denúncias, registros policiais e relatos de moradores. Os bloqueios variam de lixeiras usadas como obstáculos a estruturas complexas montadas por criminosos. O governo estadual adquiriu 50 “kits-demolição”, com ferramentas de alto desempenho para restabelecer a mobilidade urbana, como rompedores hidráulicos, retroescavadeiras e caminhões-basculantes.
Além disso, o Disque Denúncia lançou um canal exclusivo para receber informações sobre ruas bloqueadas. As queixas podem ser feitas por ligação telefônica, WhatsApp ou pelo aplicativo do serviço, com garantia de anonimato aos denunciantes.