Nesta sexta-feira, 20 de setembro, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) lançou a Operação Pubblicare, com o objetivo de cumprir ordens judiciais contra um núcleo de uma organização criminosa que incluía servidores públicos. Esses indivíduos colaboravam com membros de facções para lavar dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Durante a operação, um parlamentar de Cuiabá foi preso. Ao todo, 70 policiais participaram da ação, cumprindo 15 medidas cautelares, que incluíam prisões, buscas, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias. As ordens judiciais foram emitidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo) e consistiram em:
A Operação Pubblicare é uma extensão da Operação Ragnatela, realizada em junho, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo que havia adquirido uma casa noturna em Cuiabá por R$ 800 mil, pagos em dinheiro, com lucro obtido de atividades ilícitas. O grupo passou a realizar shows de artistas conhecidos, financiados pela facção criminosa em parceria com um grupo de promoters.
As investigações revelaram que os criminosos contavam com a ajuda de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para os eventos, muitas vezes sem a documentação necessária. Um parlamentar foi identificado como um facilitador, atuando em benefício do grupo e recebendo vantagens financeiras em troca.
Os envolvidos enfrentam acusações de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, com membros da facção já indiciados durante a Operação Ragnatela.
A expressão "Pubblicare", que significa "publicar" em italiano, reflete a atuação de agentes públicos que, em vez de servir à população, priorizavam interesses ilícitos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada que reúne a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, com a finalidade de combater o crime organizado no estado de Mato Grosso.