Foto: SESP-MT
Monday, 27 de October de 2025 - 11:59:47
Operações em múltiplos municípios visam coibir distribuição de produtos potencialmente perigosos
FORÇAS DE SEGURANÇA INTENSIFICAM COMBATE À ADULTERAÇÃO DE BEBIDAS EM MT

Durante o mês de outubro, as forças de segurança de Mato Grosso realizaram pelo menos oito operações de fiscalização e repressão à adulteração de bebidas alcoólicas em municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Barra do Garças, Água Boa, Nova Xavantina e Querência. As ações envolveram Polícia Militar, Polícia Civil, Politec e vigilâncias sanitárias, com o objetivo de localizar fábricas clandestinas e monitorar pontos de venda.

O secretário adjunto de Integração Operacional da Sesp-MT, coronel Fernando Augustinho, destacou que a atuação preventiva e integrada aumenta a eficiência das operações. “Cada instituição atua dentro da sua expertise. A Politec, por exemplo, analisa rótulos, tampas e produtos adulterados, gerando provas técnicas para investigação”, explicou o coronel.

Uma das ações mais significativas ocorreu em Várzea Grande, onde uma distribuidora foi fiscalizada após denúncias de fornecimento de bebidas destiladas adulteradas a supermercados do interior. Mais de 7 mil garrafas de whisky foram retidas. As investigações tiveram início após apreensões realizadas em Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças, entre 22 e 23 de outubro, e denúncias de intoxicação de consumidores entre os dias 11 e 14 do mês, incluindo um caso grave em Goiânia (GO).

O delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, explicou que, embora ainda não haja confirmação de falsificação, as garrafas foram retiradas do mercado devido à divergência entre os números de lote das caixas e das embalagens. “A retenção tem caráter preventivo, até que a investigação seja concluída”, disse o delegado.

O trabalho pericial da Politec é central na identificação das formas de adulteração, que incluem irregularidades em rótulos e adição de substâncias perigosas como o metanol. O protocolo segue quatro etapas: coleta e preservação das amostras, análise de rótulos e lacres (documentoscopia), exames químicos detalhados e toxicologia forense, utilizando cromatografia para determinar níveis exatos de substâncias tóxicas.

Segundo Jaime Trevizan Teixeira, diretor-geral da Politec, a perícia foi essencial para transformar em evidência técnica o primeiro caso confirmado de intoxicação por metanol em Mato Grosso. “A atuação científica permite identificar a substância em bebidas, sangue e materiais apreendidos, interromper a distribuição do produto adulterado e proteger a saúde pública. Sem o trabalho pericial, não há como comprovar o crime e garantir justiça à população”, afirmou.

Texto/Fonte: Secom MT