Rafael Campos Barbosa Nakamura, de 23 anos, que foi atingido por um disparo feito pelo próprio pai no dia 16 de julho, teve morte encefálica constatada nesta segunda-feira em um hospital de Cuiabá. Com isso, o pai passa a responder por homicídio qualificado consumado.
As investigações descartaram a hipótese de que o disparo tenha sido acidental. A Polícia Civil de Colniza e Cotriguaçu apurou que o pai, de 45 anos, tinha um histórico de agressões contra a família. Testemunhas relataram que ele já havia ameaçado atirar no filho, Rafael, quando comprou a arma.
O delegado Lucas Pereira Santos explicou que a prisão em flagrante do pai foi convertida em preventiva e ele segue detido. Além do homicídio, ele responderá por posse e porte ilegal de arma de fogo. Outro procedimento foi instaurado para apurar as agressões cometidas contra a família, e ele poderá responder também por tortura.
A situação começou como um acidente, mas provas e depoimentos mostraram que o disparo foi proposital. A família do suspeito relatou um histórico de violência, incluindo agressões com fio de ventilador, queimaduras e choques. A polícia desconsiderou a versão inicial do suspeito, que havia pedido à esposa e ao filho menor para deporem a seu favor.