O Papa Francisco faleceu na manhã de segunda-feira (21), aos 88 anos, após sofrer um AVC e uma parada cardíaca em seu apartamento na Casa de Santa Marta, no Vaticano. De acordo com informações oficiais divulgadas nesta terça-feira (22), o pontífice morreu de forma serena e sem sofrimento. Ele teria feito um gesto de “tchau” com a mão para seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, pouco antes de perder a consciência.

Segundo o canal de notícias do Vaticano, Francisco começou a apresentar sinais de uma doença súbita por volta das 5h30 da manhã, no horário local (0h30 em Brasília). Cerca de uma hora depois, ele entrou em coma e faleceu rapidamente. “Ele não sofreu, e tudo aconteceu muito rápido”, declarou o Vaticano.

Francisco vinha se recuperando de uma pneumonia bilateral que o deixou internado por 38 dias entre fevereiro e março deste ano. Apesar da recomendação médica de repouso por dois meses, ele decidiu continuar trabalhando normalmente. No Domingo de Páscoa, surpreendeu fiéis ao circular de papamóvel pela Praça de São Pedro, mesmo ainda debilitado. Aproximadamente 35 mil pessoas estavam presentes e o saudaram com gritos de “viva o papa”.

Durante o passeio, o papa estava sentado em uma cadeira especial na parte traseira do veículo, abençoando bebês e fiéis que se aproximavam. Em um dos seus últimos momentos de consciência, Francisco agradeceu a Strappetti por tê-lo levado à praça naquele domingo tão especial. “Obrigado por me trazer até a praça”, teria dito o pontífice.

A morte de Francisco foi confirmada oficialmente pelo Vaticano ainda na segunda-feira, e os aposentos papais foram selados conforme o protocolo. O Vaticano informou ainda que o papa “morreu tendo novamente abraçado o povo, depois de tanto tempo”, numa despedida coerente com sua trajetória de amor, fé e dedicação incansável à Igreja e aos fiéis.