O Departamento de Justiça dos EUA concluiu que Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de mais de 250 menores e de comandar uma rede de exploração sexual, se suicidou em 2019, rejeitando teorias conspiratórias que circulavam entre os apoiadores do ex-presidente Donald Trump. Essa decisão causou frustração e desconfiança dentro da base do movimento MAGA (Make America Great Again), que por anos alimentou suspeitas sobre o caso.

Epstein e Trump tiveram relações sociais próximas nos anos 1990 e início dos 2000, frequentando eventos em Palm Beach e Nova York, como festas em Mar-a-Lago. Após a prisão de Epstein, Trump tentou se distanciar dele, mas passou a incentivar teorias de que o financista teria sido assassinado para proteger figuras poderosas, prometendo divulgar documentos secretos caso fosse reeleito.

A divulgação do parecer oficial do Departamento de Justiça, que não encontrou uma “lista de clientes” criminalmente relevante, provocou uma reação negativa em influenciadores pró-Trump. A ativista conservadora Laura Loomer acusou o governo de encobrir poderosos e pediu renúncias, enquanto Steve Bannon classificou o caso como uma traição à base conservadora. Outros influenciadores, como Brandon Tatum, levantaram suspeitas sobre uma conspiração para esconder a verdade, chegando a mencionar até aliados de Trump.

A crise é inédita para o movimento MAGA, pois parte dos seguidores que alimentavam teorias conspiratórias agora direcionam a desconfiança contra Trump, acusando o governo de ocultar informações e proteger elites, exatamente o que ele mesmo denunciava.

O lema “Make America Great Again” (MAGA), popularizado por Trump desde 2016 e associado a uma visão nostálgica da América, enfrenta um desafio no seu núcleo político diante da insatisfação e das dúvidas internas suscitadas pelo caso Epstein.