Foto: ASSESSORIA PARLAMENTAR
Quinta, 04 de novembro de 2021 - 15:47:02
Partido vai caminhar com Bolsonaro em 2022, garante Leonardo Albuquerque
POLITICA
Deputado federal preside o Solidariedade em MT e deve contrariar Paulinho da Força, presidente nacional

Rodinei Crescêncio

Deputado Doutor Leonardo

Leonardo diz que Solidariedade de MT estará com Jair Bolsonaro independente do nacional

Embora o presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, faça oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e deve ser uma das lideranças que vai se agrupar em torno da candidatura do ex-presidente Lula (PT), em Mato Grosso o partido deve destoar do dirigente  e estar no palanque do candidato da majoritária que abrir espaço para o presidente da República. É o que garante o presidente do diretório regional, o também deputado federal Doutor Leonardo. 

"Vamos caminhar com Bolsonaro em Mato Grosso, independentemente do que pensa o Paulinho da Força e a Nacional. Estaremos apoiando o candidato que tiver Bolsonaro em seu palanque", afirmou Leonardo   Albuquerque, em entrevista ao . Vale lembrar que a base eleitoral do deputado é bolsonarista.

 

Na Câmara Federal,  a maior parte dos deputados do Solidariedade são governistas, exceto Paulinho da Força. Desse modo, o presidente da legenda é pressionado a não caminhar em direção à candidatura do petista Lula, mas mesmo assim Paulinho vem declarando à imprensa que não acredita em uma terceira via. A pressão sobre a Executiva Nacional, no fim das contas, deve ficar pela não federalização das coligações, evitando o engessamento das direções regionais.

Cenário em MT

Apesar da popularidade de Bolsonaro em Mato Grosso, o posicionamento de Leonardo deve causar desconforto dentro do Solidariedade. Uma das maiores lideranças da sigla no estado, o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, é alinhado ao pensamento de Paulinho da Força e já teve o nome cotado para a disputa pelo Palácio Paiaguás

Além disso, a decisão de Leonardo deixa os filiados e pré-candidatos do partido em "stand by", uma vez que Bolsonaro ainda não anunciou em qual partido deve se filiar. As tratativas mais recentes indicam que o presidente deve buscar a reeleição tendo o PL, do senador Wellington Fagundes, como plataforma.

O próprio Wellington Fagundes está envolvido na articulação e deve viabilizar a sua candidatura à senatória caso o convite seja aceito por Bolsonaro. Há ainda a possibilidade de o nome do senador crescer e ele vir a encabeçar uma chapa como candidato ao governo, fazendo oposição a Mauro Mendes (DEM). 

Isso porque no grupo do atual governador de Mato Grosso, futuro União Brasil, a candidatura de Bolsonaro tem sido descartada. O novo partido, originado da fusão entre DEM e PSL, já surgiu defendendo uma "terceira via". E o senador Carlos Fávaro já prometeu trabalhar o nome de Rodrigo Pacheco, recém-filiado ao PSD, dentro do grupo de Mauro Mendes.

Vice-líder do PSD, Fávaro foi enfático ao dizer que, caso Pacheco se consolide como a terceira via, "vai ser bom para o Brasil e para Mato Grosso". Ele lembra que o senador de Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, é amigo pessoal do governador Mauro Mendes e do senador Jayme Campos, também do DEM.

"A menos que o governador Mauro Mendes não seja candidato à reeleição, com certeza o PSD estará em seu palanque [de Mauro] e Rodrigo Pacheco também", afirma. Por outro lado,  Mauro Mendes pode ter em seu palanque mais de um presidenciável, uma vez que o seu grupo é formado por diversos partidos que, no cenário nacional, tendem a se dividir. Não está descartada, por exemplo, a possibilidade de a chapa majoritária sob liderança do governador, considerado imbatível na sua candidatura à reeleição, abrir espaço também para o presidente Jair Bolsonaro, que tem em Mato Grosso avaliação positiva alta. 

Texto/Fonte: Renan Marcel - RD NEWS