Paulo Henriques Britto foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL), recebendo 22 votos na disputa pela vaga. Concorreram também Arlindo Miguel, Eduardo Baccarin Costa, Paulo Renato Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Salgado Maranhão, que obteve 10 votos.
Nascido no Rio de Janeiro em 1951, Britto é autor de 14 livros, entre poesias, ensaios e literatura infantojuvenil. Sua obra já foi traduzida para inglês, sueco, português de Portugal e espanhol, destacando-se o ensaio “A tradução literária” publicado no Chile em 2023.
Reconhecido como um dos maiores tradutores do país, Britto traduziu cerca de 120 obras de autores em língua inglesa, incluindo Jonathan Swift, Charles Dickens, Virginia Woolf e James Baldwin. Na poesia, traduziu nomes como Byron, Wallace Stevens e Elizabeth Bishop. Ele também é professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde pesquisa tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea.
Premiado com importantes reconhecimentos literários, como o Jabuti e o Prêmio Portugal Telecom, Britto foi saudado por colegas da Academia. O presidente da ABL, Merval Pereira, destacou sua contribuição para a poesia, dramaturgia e cultura nacional. A historiadora Lilia Schwarcz ressaltou sua sensibilidade poética e excelência na tradução. O acadêmico Antonio Torres elogiou sua trajetória e o considerou no lugar certo ao ingressar na ABL.
A eleição de Paulo Henriques Britto representa um importante reforço para a Academia, especialmente na valorização da tradução e da poesia no cenário literário brasileiro.