Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, foi morto com pelo menos 12 tiros de fuzil no último dia 15 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista. Segundo peritos ouvidos pela reportagem, os criminosos usaram dois tipos de armas: um fuzil calibre 556 e outro 762. O laudo completo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi finalizado.
Câmeras de segurança registraram o crime, mostrando cerca de seis homens saindo de três veículos que perseguiram e assassinaram o ex-delegado, disparando ao todo 21 vezes. Ruy dirigia o carro da esposa quando foi atacado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estão diretamente envolvidos na execução. Uma força-tarefa investiga a participação de outros criminosos e até de agentes de segurança pública.
Até o momento, quatro suspeitos foram presos: Willian Silva Marques, dono da casa de onde teria saído um dos fuzis; Dahesly Oliveira Pires, suspeita de ter buscado a arma; Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, que teria ajudado na logística da fuga; e Rafael Marcell Dias Simões, apelidado de Jaguar, que se entregou à polícia. Outros três foragidos são procurados: Felipe Avelino da Silva (Mascherano), Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luis Antonio Rodrigues de Miranda, suspeitos de envolvimento direto e de ordenar a busca de armas.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa também investiga Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como “Azul” ou “Colorido”, apontado como um dos chefes do PCC na Baixada Santista, como possível participante no crime. Uma das linhas de investigação indica que a execução pode ter relação com o histórico de combate do ex-delegado à facção, incluindo a prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Outra hipótese é que ele tenha sido alvo por seu trabalho como secretário da Administração de Praia Grande.
Quem tiver informações sobre os foragidos pode acionar o Disque-Denúncia pelo número 181, de forma anônima. As defesas dos investigados não foram localizadas para comentar o caso.