A casa do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), o produtor rural Antônio Galvan, em Sinop (a 500 km de Cuiabá), é um dos alvos de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (20).
A ação da PF também cumpre mandados contra o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula.
Segundo a PF, o objetivo das medidas é apurar o "eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".
Ao todo são cumpridos mandados de busca e apreensão em 29 endereços no País. As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Ao MidiaNews, o produtor rural afirmou que não está em Sinop e os agentes foram recebidos por sua filha hoje cedo, mas não encontraram nada.
“Não levaram nada, não tem nada pra encontrar. Só foram lá, olharam, saíram de boa”, disse.
Galvan considerou a ação como uma “intimidação pura” contra o movimento do dia 7 de setembro e declarou que agora o movimento “vai pegar fogo”.
“Estou no grupo dos líderes do Movimento Brasil Verde Amarelo. Intimidação pura. Agora que o movimento vai pegar fogo. Vai ser ainda maior”, disse.
O produtor rural entrou na mira do STF após realizar uma reunião em que o cantor Sérgio Reis defendeu o afastamentos dos ministros da corte pelo Senado Federal.
No áudio, uma conversa com um amigo que veio a público no fim de semana, Reis disse que "se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria".
Reis também falou de uma reunião que teve com o próprio presidente Jair Bolsonaro e com militares "do Exército, da Marinha e da Aeronáutica", em que informou o que faria.