Foto: Reprodução/TV Globo
Wednesday, 25 de June de 2025 - 14:59:35
PF prende dois policiais civis e empresário suspeitos de favorecer investigados mediante propina
g1.globo.com PF prende dois policiais civis e um empresário em São Paulo 5–7 minutes As suspeitas são de que eles atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais, mediante o pagamento de propina. Na casa dos presos,

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (25) dois investigadores da Polícia Civil de São Paulo e um empresário, suspeitos de atuar em um esquema de corrupção para beneficiar ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais. As prisões fazem parte da Operação Augusta, realizada em conjunto com o Gaeco do Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil.

Foram detidos o empresário e ex-piloto de Fórmula Truck, Roberval de Andrade, e os investigadores Sérgio Ricardo Ribeiro e Marcelo Bombom — este último com histórico de envolvimento na Operação Tacitus e já réu por organização criminosa. A operação cumpriu ainda nove mandados de busca e apreensão em São Paulo, região metropolitana e no litoral.

Durante as ações, a PF apreendeu armas, dinheiro, um helicóptero e um carro de luxo. As investigações apontam que o grupo facilitava arquivamentos de inquéritos, vazava informações sigilosas e intermediava a devolução indevida de bens apreendidos, por meio de propina e falsificação de documentos.

Sérgio Ricardo atuava, ironicamente, na Divisão de Crimes Contra a Administração, responsável por apurar casos de corrupção na própria Polícia Civil. A análise de dados extraídos do celular de Bombom revelou conexões com crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, advocacia administrativa e quebra de sigilo bancário.

Segundo a PF, a tentativa de restituir um helicóptero apreendido — avaliado em milhões — foi um dos episódios centrais que motivaram a deflagração da operação. A aeronave havia sido bloqueada judicialmente, junto com bens que somam até R$ 12 milhões.

As investigações seguem em sigilo para preservar novas diligências e possíveis desdobramentos.

Texto/Fonte: G1