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Quarta, 04 de agosto de 2021 - 17:29:07
PF: Vereador armazenava e distribuía agrotóxicos manipulados no nortão
TERRA ENVENENADA II
Vereador Toninho Bernardes foi preso pela Polícia Federal por envolvimento em esquema de fraude de agrotóxicos

A Polícia Federal em Mato Grosso identificou que o vereador Toninho Bernardes (PL), de Sinop (500 km de Cuiabá), alvo da segunda fase da operação Terra Envenenada nesta quarta-feira (4), era responsável por armazenar e distribuir agrotóxicos contrabandeados e adulterados no norte do estado.

De acordo com a PF, a organização criminosa na qual Toninho fazia parte era composta por dezenas de pessoas, que tinham diferentes funções: importação, transporte, fornecimento e distribuição. O parlamentar fazia a última dessas.

"O envolvimento dele ainda está sendo apurado, mas há indícios de que ele participava dessa rede como distribuidor local desses agrotóxicos. Recebia esses produtos contrabandeados. Armazenamento e distribuição”, informou o delegado Rodrigo Martins, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

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Segundo a Polícia Federal, foram apreendidas pelo menos quatro armas que não tinham autorização de posse, documentos e milhares de centenas de reais. O valor exato ainda estava sendo calculado.

A Polícia Federal também informou que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão, nas cidades de Sinop, Sorriso, e Feliz Natal, em Mato Grosso, e ainda em São Paulo (SP), Campo Grande (MS) e Terra Roxa (PR).

Dois dos mandados de busca e apreensão foram na casa do vereador e em seu gabinete na Câmara Municipal. Do parlamento, segundo a PF, nada foi levado. Já na casa do vereador, onde ele foi preso, foram apreendidos diversos documentos e o celular do parlamentar.

As investigações da Polícia Federal também apontaram que havia a participação de diversos empresários da região no esquema. “Eram outras atividades para disfarçar”, explicou o delegado.

Ainda segundo Martins, o vereador já foi ouvido e deverá ser mantido preso por mais uns dias, em uma sala especial, dada sua condição de parlamentar.

Colaborou Mayla Miranda

Texto/Fonte: CAMILLA ZENI / REPÓRTER MT