Durante a abertura do World Meat Congress, na manhã desta terça-feira (28.10), em Cuiabá, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, destacou o modelo produtivo do estado e rebateu críticas internacionais sobre a sustentabilidade da pecuária brasileira. O evento, realizado pela primeira vez no Brasil, reúne autoridades, empresários, pesquisadores e representantes de mais de 20 países para debater temas como geopolítica alimentar, rastreabilidade, sustentabilidade e bem-estar animal.

“Produzimos com transparência e eficiência. Nosso sistema é sustentável, virtuoso e preserva o meio ambiente”, afirmou Pivetta, ressaltando que Mato Grosso consegue produzir cerca de 10 toneladas por hectare sem irrigação, um dos índices mais altos do mundo, ao mesmo tempo em que reduz áreas de pastagem graças à evolução tecnológica da pecuária.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que o congresso consolida Mato Grosso como referência global na cadeia de proteína animal. Segundo ele, a presença de delegações estrangeiras permite ampliar mercados e fortalecer relações comerciais, mostrando de perto a produção de carne sustentável do estado.

Representantes do International Meat Secretariat (IMS), como o secretário-geral Dr. Phil Hadley e o presidente Dr. Juan José Grigera Naón, elogiaram a iniciativa e reforçaram a importância de regulamentações baseadas em ciência para evitar barreiras comerciais. “O IMS representa cerca de 75% da produção global de carne bovina, suína e ovina. É essencial comunicar com clareza o papel da carne na saúde, no meio ambiente e no desenvolvimento econômico”, afirmou Grigera Naón.

O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, ressaltou que a realização do congresso em Cuiabá fortalece a imagem do estado no cenário internacional. Cerca de 100 estrangeiros de 23 países terão a oportunidade de visitar frigoríficos e fazendas, conhecendo a segurança sanitária, a biodiversidade e a rastreabilidade da produção local. Penido lembrou ainda o desenvolvimento do “passaporte verde”, que comprovará de forma verificável a origem sustentável da carne mato-grossense, consolidando o estado como parceiro confiável para investimentos e comércio internacional.