O plantio da soja 2025/26 em Sorriso, maior produtor do país, enfrenta atrasos significativos devido à escassez de chuvas nas últimas semanas. Segundo o Sindicato Rural do município, cerca de 95% das áreas aptas foram semeadas até o início de novembro, logo após o fim do vazio sanitário, mas a irregularidade das precipitações tem comprometido o desenvolvimento das lavouras.
O presidente da entidade, Diogo Damiani, afirmou ao Só Notícias que alguns produtores estão há 30 dias sem chuvas regulares, enquanto outros receberam volumes muito baixos, entre 20 e 30 milímetros durante outubro. “Temos áreas plantadas desde o início de setembro que já entraram no estágio reprodutivo, exigindo muita água. Com esse cenário, é certo que haverá quebra acentuada na produção”, alertou.
Damiani destacou ainda que os impactos da estiagem devem se estender à segunda safra, afetando principalmente o milho e o algodão, cultivados após a soja.
O dirigente ressaltou que o déficit hídrico vem preocupando os produtores e pode comprometer o calendário agrícola de Sorriso, que responde por uma das maiores áreas plantadas de soja do Brasil.