Durante a Operação Apito Final, que visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro conduzido por uma organização criminosa em Cuiabá, policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) encontraram uma quantia significativa de dinheiro escondida no assoalho de um Jaguar apreendido.

O valor, totalizando R$ 6,6 mil em notas de R$ 200, estava camuflado sob o tapete do veículo, que foi confiscado juntamente com outros 16 automóveis durante a operação. Esta ação fortalece as evidências coletadas no inquérito, segundo o delegado Gustavo Belão, destacando o modus operandi da organização criminosa na lavagem de dinheiro.

O líder do grupo, também alvo da operação, foi identificado como tesoureiro da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis. Além da apreensão de veículos de luxo, a investigação revelou que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis para dissimular a origem do dinheiro ilícito, utilizando estratégias como a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo.

As análises financeiras indicaram que os criminosos, sem comprovação de renda lícita, adquiriram diversos veículos, incluindo modelos de luxo como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, entre outros. Segundo o delegado Rafael Scatolon, coordenador das investigações, o grupo utilizava garagens para comprar e vender veículos, dissimulando a posse e propriedade dos automóveis para dar uma aparência lícita às transações e lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Ao longo de um ano, apenas em transações de compra e venda de 43 veículos, estima-se que o grupo movimentou cerca de R$ 8 milhões.