Cerca de 60 servidores das delegacias vinculadas à Diretoria Metropolitana e à Diretoria de Atividades Especiais (DAE) da Polícia Civil participaram, nesta terça-feira (26.11), de um treinamento técnico conduzido pela Google Brasil. A capacitação ocorreu no auditório da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e teve como foco os mecanismos de segurança desenvolvidos para dispositivos Android, projetados para garantir a inviolabilidade de dados pessoais e possibilitar a localização remota dos aparelhos.

O diretor da Diretoria Metropolitana, Wagner Bassi, destacou que, além do aprimoramento técnico, a instituição avalia a adoção das ferramentas apresentadas nos equipamentos corporativos. Segundo ele, já foram iniciadas tratativas para integrar alguns dos recursos ao sistema institucional.

Para o delegado Daniel Machado, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), as funcionalidades abordadas pela empresa têm potencial para aprimorar as investigações, ampliando o acesso a tecnologias úteis na elucidação de crimes envolvendo aparelhos celulares. O investigador Cesar Augusto Stona reforçou que a possibilidade de rastreamento remoto tende a agilizar o trabalho policial em casos de furtos ou roubos, permitindo bloqueio e localização imediatos após a comunicação da ocorrência.

No treinamento, Bassi ressaltou que o crime envolvendo subtração de celulares está entre os mais recorrentes atendidos pela Polícia Civil. Ele avaliou que a capacitação oferece ferramentas essenciais para melhorar o atendimento às vítimas, ampliando as chances de êxito na recuperação dos aparelhos. Para o diretor, parcerias entre instituições policiais e empresas de tecnologia fortalecem a capacidade de resposta diante da constante adaptação dos criminosos.

A Google Brasil, representada pelo especialista em Comunicação Jurídica Antonio Trigueiro, apresentou conteúdos relacionados a “Recursos de Segurança nos Dispositivos Androids” e “Ferramentas e Procedimentos Técnicos” — ambos voltados ao suporte de investigações. Já o gerente de Parcerias Técnicas para Android, Fabricio Ferracioli, afirmou que o conhecimento compartilhado contribui para a proteção dos dados pessoais das vítimas, lembrando que o valor de um aparelho não está apenas no item físico, mas nas informações contidas nele. Ele citou que tecnologias semelhantes já foram incorporadas pelas polícias da Bahia, do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde inclusive fazem parte dos dispositivos corporativos da Polícia Militar.

A escrivã Larissa Malheiros, da Derf, avaliou o encontro como extremamente produtivo, reforçando que iniciativas como essa atualizam o conhecimento técnico dos policiais e fortalecem a atuação diária.