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Segunda, 03 de agosto de 2020 - 11:14:40
Policial não é justiceiro; ele atua de forma proporcional à ação
TIROTEIO E MORTES
Comandante-geral da Polícia Militar falou também da redução da criminalidade na pandemia

Na semana em que policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) trocaram tiros e mataram seis suspeitos em Cuiabá, o comandante da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, garantiu que a PM responde “de forma proporcional” a cada uma das ações dos criminosos.

 

Um episódio semelhante ocorreu no final de junho, quando quatro homens morreram e um ficou ferido após uma troca de tiros com policiais na estrada para o Manso.

 

Segundo o comandante, os episódios não são qualquer tipo de recado aos criminosos. Apenas uma confirmação de que a PM está trabalhando e que a população pode confiar na corporação.

 

“A PM trabalha de forma proporcional. O nível de resposta a uma ação de furto, no centro cidade, praticada por algum criminoso que faz o furto para o uso de entorpecente, é diferenciada de uma ação policial de combate a um crime organizado, por exemplo, que usa um armamento de alto poder ofensivo, que se utiliza de explosivos, de veículos blindados, armas que em outro lugar do Mundo são usadas na guerra”, disse.

 

O policial não é justiceiro, não sai por aí fazendo ‘justiçamento’. Isso não passa pela cabeça do policial

“O policial não é justiceiro, não sai por aí fazendo ‘justiçamento’. Isso não passa pela cabeça do policial, até porque nossos policiais são pessoas da sociedade. São homens, mulheres, têm suas famílias, suas religiosidades, seus credos. Claro, ninguém sai de casa para tirar a vida de ninguém”.

 

Confirma os principais trechos da entrevista:

 

MidiaNews - No intervalo de um mês, houve dois episódios em que a PM trocou tiros e matou 10 suspeitos na Grande Cuiabá. Isso é um recado de que a PM está fechando o cerco à bandidagem?

 

Coronel Jonildo Assis - Não é um recado. A PM já trabalha no combate ao crime desde o início de sua criação. A ideia é justamente trabalhar dentro de preceitos legais, de respostas aceitáveis, ações proporcionais, onde a gente possa cumprir com nosso dever de proteger o cidadão. Não posso, de maneira alguma, deixar de cumpri meu papel constitucional em detrimento de qualquer situação que envolva o crime.

 

Mas lógico que a PM segue preceitos legais, preceitos de respeito aos direitos humanos. Mas é inevitável, quando se tem alguma injusta agressão praticada por criminosos, que nós tenhamos que nos defender também.

 

MidiaNews - Este tipo de ação manda uma mensagem para os bandidos, tanto daqui quanto de outros estados, de que a PM não permitirá que o crime prevaleça no Estado?

 

Coronel Jonildo Assis - Não vejo como uma mensagem. A PM já tem um padrão de excelência, de serviços prestados à sociedade mato-grossense há muitos anos. Nunca deixamos de dar resposta à sociedade. A PM já foi empregada em diversas situações de combate, historicamente falando, ajudamos a assegurar nossas fronteiras, resguardamos divisas, atuamos em todas as revoltas populares regionais. A Força Pública de Mato Grosso, que era a PM, sempre atuou de maneira bastante profissional nessas situações.

 

Não temos que mandar recado para ninguém. A PM trabalha de maneira ordeira, técnica e a sociedade pode confiar na nossa instituição.

 

MidiaNews - A PM vai continuar com essas ações repressivas?

 

A PM trabalha de maneira ordeira, técnica e a sociedade pode confiar na nossa instituição

Coronel Jonildo Assis - A PM trabalha de forma proporcional, de maneira de que temos que trabalhar com níveis de resposta. Isso quer dizer que o nível de resposta a uma ação de furto, no centro cidade, praticada por algum criminoso que faz o furto para o uso de entorpecente, é diferenciada de uma ação policial de combate a um crime organizado, por exemplo, que usa um armamento de alto poder ofensivo, que se utiliza de explosivos, de veículos blindados, armas que em outro lugar do Mundo são usadas na guerra.

 

MidiaNews – Isso quer dizer que para cada ação criminosa a PM dará uma resposta à altura?

 

Coronel Jonildo Assis – Uma resposta proporcional mesmo, controlada de maneira que a gente possa dar essa resposta. A instituição trabalha nesse sentido.

 

MidiaNews - Essas duas ações recentes mostram que está havendo um aumento na criminalidade ou mais efetividade na repressão?

 

Coronel Jonildo Assis - Vejo como uma ação assertiva e proporcional da Polícia em relação a um determinado tipo de crime.

 

MidiaNews – Ainda sobre o episódio ocorrido nesta semana, como a PM descobriu que haveria uma ação por parte daqueles homens?

 

Coronel Jonildo Assis - Não dá para falar sobre o modo de atuação policial. O site acaba sendo visto não só por pessoas de bem, mas também por criminosos. É uma fonte de informação aberta. É uma pergunta que, infelizmente, não temos como responder.

 

MidiaNews - Nas redes sociais, a ação policial foi bastante comemorada pelos internautas. A que o senhor deve isso? As pessoas estão cansadas da bandidagem?

 

Coronel Jonildo Assis - Entendo que a população tem essa opinião porque muitas vezes as notícias que chegam até é sobre um aumento na criminalidade e [quando acontece um episódio dessa natureza] eles acabam tendo esse tipo de reação.

 

Para nós, enquanto instituição, quando existe um fato desse tipo e nos perguntam: "Qual sentimento tem o policial numa situação dessas?" É o sentimento de dever cumprido. O policial não é justiceiro, não sai por aí fazendo "justiçamento". Isso não passa pela cabeça do policial, até porque nossos policiais são pessoas da sociedade. São homens, mulheres, têm suas famílias, suas religiosidades, seus credos. Claro, ninguém sai de casa para tirar a vida de ninguém. Para o policial fica o sentimento de dever cumprido. Nada mais.

 

Soldado Elias/Assessoria PMMT

Jonildo Assis

"Ninguém sai de casa para tirar a vida de ninguém"

MidiaNews -  O ideal em uma situação como esta é que não haja troca de tiros e que vidas sejam poupadas. O senhor inclusive citou que ninguém sai de casa para tirar a vida de ninguém. Em que momento o policial entende que é hora de atirar em alguém que foi abordado?

 

Coronel Jonildo Assis – O policial é treinado para dar uma resposta proporcional. Ele passa por um treinamento, uma formação. Hoje o nosso curso de formação de soldado tem duração de quase um ano, uma formação integral. O policial sai de lá com diploma de tecnólogo em segurança pública. Depois disso, para atuar em uma unidade especializada, ele trabalha, passa por outra formação de especialização, que gira em torno de 60, 80 dias, chegando até os cursos mais duradouros sendo quase cinco meses. E aí, depois disso, vai pra rua. Com preparo.

 

Temos todo procedimento operacional padrão. Ele é treinado para dar respostas proporcionais, assim como citei no início da entrevista.

 

MidiaNews - No confronto de quarta-feira havia um soldado do 3º Batalhão, suspeito de atividade criminosa. Como a corporação se posiciona em relação a mais um episódio lamentável envolvendo um policial?

 

Coronel Jonildo Assis – Na verdade esse tipo de situação é pontual, que não acontece todo dia. A nossa instituição, com mais de 7 mil homens e mulheres em 141 municípios, não aprova isso. A Corregedoria é muito séria. E não há espaço para pessoas que cometem crimes. É incompatível com a nossa função pública.

 

MidiaNews - Como tem comportado a criminalidade na pandemia. Houve aumento?

 

Coronel Jonildo Assis - Para ter uma ideia os índices de homicídios em Mato Grosso caíram 3%. Durante essa pandemia, fomos um dos poucos estados que conseguiram índices de redução.

 

O índice de roubo caiu 31%. O roubo à residência - que é uma situação que assolava a sociedade mato-grossense – teve uma queda em 57% no Estado. Isso é considerável, mostra que estamos trabalhando de maneira correta, de maneira proporcional em todas as frentes em que o crime atua. O roubo a pessoas caiu 67%, furto a pessoas 58%. É importante falar desses números, pois contra números não há argumento.

 

Não há espaço na instituição para pessoas que cometem crimes. É incompatível com a nossa função pública

Nosso setor de análise criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) acompanha e consolida esses números, a PM também faz um acompanhamento semanal de todos os índices criminais, todas as ocorrências registradas pela PM em todo o Estado.

 

De janeiro até agora foram 40.520 boletins de ocorrência registrados pela PM em todo Estado. Dessas, 7.901 pessoas foram flagranteadas. Tivemos 1.204 armas de fogo apreendidas. A PM está trabalhando, está retirando armas das ruas, o que influencia na prática do crime. E essas ações da PM e dos órgãos de segurança retiraram das ruas não só revolveres, pistolas... Tivemos apreensões de fuzis, submetralhadores, armas de alto poder ofensivo.

 

Com relação às prisões por mandado, são aquelas pessoas abordadas na rua e são presas por mandados de prisão, foram 1.210 de janeiro até agora. E é muito difícil prender pessoas com mandado em aberto porque muitas vezes elas mentem o nome, usam documento falso, às vezes nem têm documento. Então, vai muito da perspicácia, do "know how", da experiência desse policial que está na rua e faz a diferença.

 

O índice de redução de homicídio em Cuiabá está em 11%, Várzea Grande, 18%, Rondonópolis, 32%, Sinop, 5%. Não tem o que falar de aumento de criminalidade.

 

MidiaNews – A que o senhor atribui essa redução? Por que há esse cenário em Mato Grosso?

 

Coronel Jonildo Assis – Com certeza à atuação dos órgãos de segurança pública. Esses órgãos tiveram um amadurecimento muito grande no trabalho com análise criminal, trabalho com a interação das inteligências das instituições de segurança pública.

 

Hoje, a nossa inteligência conversa com inteligência da Polícia Civil, que fala com a Polícia Penal, com a inteligência da Abin, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal. É uma soma de esforços, não há como falar que isso é prerrogativa de instituição A ou B.

 

Tivemos situações na PM que ajudam, que agregam na questão de combate ao crime, como os investimentos em viaturas. Hoje temos viaturas em todas as unidades do interior. Um quadro bem diferente do que tínhamos no início do ano passado, quando tínhamos uma deficiência de viaturas. Hoje estamos suprindo isso.

 

MidiaNews - O senhor citou há pouco alguns dados a respeito de crimes e há uma redução expressiva em Cuiabá e Várzea Grande.  A situação é a mesma nas cidades do interior? Não é preciso reforçar o policiamento em certos municípios?

 

Coronel Jonildo Assis – Em termos geral o índice geral do estado caiu 3%. Roubo, furto a pessoas, residências, veículos também reduziu em todo o Estado. Temos algumas situações pontuais, que temos certo aumento. Cidades, por exemplo, que tinham 53 homicídios, passaram para 55. Tinham 12 e estão com 16. Mas situações muito pontuais. E nós estamos atuando de maneira a fazer a suplementação de policiamento nessas regiões também e atuando em ações em conjunto que são capitaneadas pela Secretaria de Segurança Pública.

 

MidiaNews - Recentemente o secretário de Segurança Alexandre Bustamante fez uma certa crítica à população no sentido de que a Polícia, que deveria estar correndo atrás de bandido, tem se preocupado com aglomerações. O senhor também pensa assim?

 

Coronel Jonildo Assis – Entendo que todos têm que colaborar. Temos que respeitar as questões das novas regras de convivência social, respeitar o distanciamento, os limites às aglomerações e reuniões públicas. É uma situação nova, nunca vivemos isso, é um horror. Temos parentes, amigos, filhos, conhecidos que foram levados por essa doença de maneira rápida e trágica. Então é importante que a sociedade possa fazer sua parte no intuito de respeitarmos as regras, buscar estarmos atentos a esse tipo de situação para diminuir o contágio.

 

A sociedade espera que alguém que use uma farda, um uniforme, que trabalha de forma ostensiva na rua, em um momento de crise como esse, tenha um papel de liderança social

A PM, desde o início da pandemia, esteve envolvida diretamente nessa temática. Mesmo porque a sociedade espera que alguém que use uma farda, um uniforme, que trabalha de forma ostensiva na rua, em um momento de crise como esse, tenha um papel de liderança social, de protagonismo e ajude e auxiliar nessa temática. Atuamos em inúmeras ações de dispersão. Foram mais de 6.700 ações de dispersão, 250 mil dados de orientação, abordagem, onde a PM orientava as pessoas.

 

Mas claro que corroboro a opinião do secretário. Temos nosso dever de estar combatendo a criminalidade e ajudando a controlar os índices criminais. O policial sempre esteve linha de frente, assim como outras categorias. Buscamos nos adaptar para tentar minimizar o contágio policial dos que estão lá na rua. Sempre estivemos presentes, não tem home office pra policial militar. A PM trabalha na rua e sempre estará na rua.

 

MidiaNews – Nesse período, quantos policiais precisaram se afastar, seja por pertencer a grupos de risco ou por terem sido contaminados pela doença?

 

Coronel Jonildo Assis – Desde o início da pandemia, de imediato colocamos em teletrabalho nossas policiais que estavam grávidas, aqueles que estão em grupo de risco. A maioria trabalhava na parte administrativa, então foi algo absolutamente possível.

 

Nesse período tivemos 1.225 notificações. O que quer dizer isso? Pessoas que viajaram para alguma região de alta incidência da doença, que tiveram contato com alguém confirmado ou que apresentaram sintomas da Covid. Do total, 404 casos foram confirmados, dos quais 339 estão recuperados e já estão trabalhando. Quero, inclusive, parabenizar todos os militares que, embora tenham sofrido deste mal, já estão nas ruas prontos para defender a sociedade. Ainda temos 61 em quarentena.

 

Tivemos três óbitos de policiais da ativa. Infelizmente esses três perderam essa batalha para a Covid, mas deixam um grande exemplo não só para a PM, mas para a sociedade também. Tivemos o sargento Salvaterra, sargento Oliveira, de Primavera do Leste, pessoas que estavam trabalhando, defendendo a sociedade e foram contaminadas. Eles sofreram as agruras do tratamento e, infelizmente, não venceram essa batalha. Mas deixam o brilhantismo dessa ação nobre deles. O sargento Canavarros também, embora estivesse afastado, mas sempre foi um excelente policial, trabalhou por muitos anos no Bope. Perdemos três valorosos PMs da ativa e ainda temos um internado em UTI.

 

MidiaNews - Com a crise decorrente da pandemia, houve algum contingenciamento de recursos para a PM?

 

Coronel Jonildo Assis – Não. De maneira alguma. Na verdade, nós tivemos até uma suplementação. Para esse ano já estamos terminando o processo licitatório para fazer aquisição de uniforme para policiais militares. Investimento de cerca de R$ 4,8 milhões feito pelo Governo do Estado e mais R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares destinadas pelos nossos deputados. Isso já está em processo de aquisição. Esperamos em um prazo breve poder fazer essa entrega ao nosso policial.

 

Outro fator importante é que tivemos investimentos para aquisição de pistolas, acredito que cerca de 1,5 mil pistolas. Armamentos modernos, novos, para equipar nosso policial militar.

 

Soldado Elias/Assessoria PMMT

"A PM ultrapassa as fronteiras da segurança pública. Ela é um grande instrumento de mudança social"

Estamos trabalhando também para captação de recursos para o ano que vem. A ideia é que para ano que vem, com um aporte da Secretaria de Segurança Pública, nós devemos fazer aquisição também de mais coletes balísticos.

 

MidiaNews – Quais outras ações da PM o senhor pode destacar?

 

Coronel Jonildo Assis – Falamos de polícia, de ações repressivas, mas a PM não é só isso. A PM nessa pandemia, por exemplo, foi empregada em "n" tarefas. Os PMs abraçaram a causa, em prol do bem social.

 

Uma das situações que gostaria de falar é sobre o trabalho social que a PM faz. A PM ultrapassa as fronteiras da segurança pública. Ela é um grande instrumento de mudança social. Hoje temos mais de 2,9 mil alunos que estudam nas nossas escolas Tiradentes nos municípios de Cuiabá, Juara, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Confresa e Rondonópolis. São alunos que têm ótimos resultados no Ideb, Enem, alunos que têm um grande aproveitamento. Se multiplicarmos esse número de alunos por pai, mãe, avós que estão nesse ambiente familiar, são 6 vezes 2.942 pessoas atendidas, assistidas, acolhidas pela PM.

 

Temos projetos sociais como Guarda Mirim, Rede Cidadã, Luz do Amanhã, Judô Bope, Jiu Jitsu Rotam. Outro programa é o Proerd, de resistência às drogas e à violência, que atende 208.846 crianças e adolescentes. Há 19 anos ele existe no nosso Estado. Hoje esse programa está em 61 municípios. Só no ano passado foram 208.846 crianças atendidas por meio de cursos e palestras do Proerd.

 

Esse era um programa que visava escolas da periferia, onde havia alto índice de crianças se envolvendo com drogas, com tendência à violência. Hoje, esse projeto ultrapassou os menos favorecidos. Ano passado tivemos em escolas particulares. Estamos ganhando espaço.  

 

Isso significa que são 200 mil famílias que confiam na Polícia Militar. Ninguém entrega seu filho, seu neto, seu sobrinho, seu ente querido para estudar em uma instituição, para ter palestras, frequentar projetos, se não confiar na instituição. Para nós, realmente isso é muito reconfortante.

 

Outro trabalho importante que a PM faz e que funciona em rede com a Polícia Civil, Judiciário MPE, Defensoria Pública é a chamada "Patrulha Maria da Penha". No ano passado foram atendidas 440 vítimas, através da visita do PM na casa da vítima acometida por violência doméstica e familiar. Dessas, em nenhuma houve reincidência de novas agressões. Esse ano já chegamos a quase mil atendimentos. São temas importantíssimos de serem abordados. Precisamos falar do trabalho policial, de combate ao crime. Mas há também essa questão social, graças ao esforço de mulheres e homens valorosos.  
 

MidiaNews - Um caso que ganhou repercussão nacional recentemente foi o da morte de uma adolescente com um tiro acidental. O senhor concorda com a legislação que permite adolescentes praticarem tiro esportivo?

 

Coronel Jonildo Assis – Vou deixar de emitir um posicionamento. Na verdade, posicionamento é uma opinião pessoal. Eu, como como chefe de instituição, não posso emitir opinião pessoal, só posso falar de posicionamento institucional. No tocante ao posicionamento institucional, a PM cumpre o que prescreve a lei.

 

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