O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) está pedindo atenção redobrada dos produtores de mandioca para os sinais da praga conhecida como vassoura-de-bruxa da mandioca. A doença, causada pelo fungo Rhizoctonia theobromae, já foi confirmada no Amapá e pode destruir até 100% da plantação, devido à sua rápida propagação.
Para se antecipar ao problema, o Indea treinou fiscais e agentes no fim do ano passado para identificar a praga durante visitas e fiscalizações no campo. A recomendação é que todos os produtores façam cadastro no Indea e comuniquem o órgão assim que notarem qualquer sinal suspeito nas plantas.
Segundo Edson Ramos, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, os principais sintomas da doença são: ramos secos e tortos, plantas pequenas, excesso de brotos finos e fracos, e aparência de “vassouras” nos caules. Também podem surgir manchas escuras nos vasos da planta (necrose vascular), o que enfraquece e pode levar à morte do vegetal.
“Se o produtor perceber esses sinais, é muito importante nos avisar logo, para que possamos agir e evitar que a praga se espalhe”, alerta Edson.
Fiscalização reforçada
A fiscalização no transporte de mandioca e partes da planta foi reforçada, especialmente nas regiões do norte de Mato Grosso, para evitar a entrada da praga no estado.
“O fungo tem grande poder de destruição. Por isso, qualquer caso suspeito precisa ser informado o quanto antes, para que possamos conter a praga”, reforça o coordenador.
Como denunciar casos suspeitos
Se houver suspeita da praga, os produtores devem procurar uma das 140 unidades do Indea espalhadas por Mato Grosso, pessoalmente ou por telefone.