Foto: Rafaella Zanol | Secid MT
Domingo, 24 de outubro de 2021 - 16:03:23
Preço das passagens aéreas sobe quase 60% em um ano e mato-grossenses sentem impacto
AUMENTO NAS PASSAGENS AÉREAS

Os mato-grossenses já sentem os impactos do aumento dos valores das passagens aéreas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas tiveram um aumento de quase 60% nos últimos 12 meses.

O almoxarife Alysson Costa do Amaral contou que ficou mais de um ano planejando a viagem com a família para Cancún, no México.

"A gente teve que esperar e viu que agora está mais tranquilo, todo mundo vacinando e decidimos ir agora", disse.

Em Mato Grosso, mais de 2 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose. Com o avanço da campanha de imunização, as pessoas estão se sentindo mais seguras para participar de eventos e viajar de férias com a família.

De acordo com o professor de economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Leonardo Flauzino, três fatores contribuem para o aumento das passagens.

"Em primeiro lugar, nós temos o aumento de preço das commodities, em especial o petróleo que, desde o ano passado até agora, quase dobrou de preço. Nós temos um segundo fator, que é o aumento da taxa de câmbio, que normalmente quando o preço das commodities sobe, o câmbio brasileiro cai e isso não foi observado dessa vez. E terceiro, a recuperação do setor com a estabilização da pandemia", contou

A empresas aéreas justificam que o aumento no preço das passagens é devido a alta do dólar e dos combustíveis e que disponibilizam a venda dos voos com antecedência, possibilitando que o cliente compre mais barato.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirma que o reajuste foi menor do que o citado pelo IBGE.

A empresária Alexandra Freitas sempre está viajando de avião e sentiu no bolso esse aumento, principalmente nos últimos meses. Ela contou que a família busca formas de economizar.

"Eu fico de olho no site. Moro em Rondônia e minhas filhas em Belo Horizonte (MG). Consigo comprar passagens com os mesmos valores do ano passado, então tem que se programar", contou.

Texto/Fonte: O Bom da Notícia