Foto: Reprodução
Domingo, 05 de dezembro de 2021 - 22:17:44
Preços de insumos agrícolas mais que dobram em 2021
AGRO
Do nitrogênio ao glifosato, os preços estão apresentando aumentos de 100% a 300% agora nos EUA

O cenário de preços de insumos para 2022 está ficando mais “complicado e assustador a cada semana”, aponta Tyne Morgan, do portal especializado AgWeb. “Os agricultores já estão se preparando para custos maiores para cultivar a safra do próximo ano. Isso porque os preços dos insumos continuam subindo a cada dia”, afirma.

“Do nitrogênio ao glifosato, os preços estão apresentando aumentos de 100% a 300% agora. Alguns agricultores dizem que não conseguem nem mesmo fazer com que os varejistas definam o preço do produto até que os insumos cheguem de fato às instalações de varejo”, acrescenta o correspondente nos Estados Unidos.

Uma loja de varejo no estado norte-americano de Missouri revelou que os preços do glifosato subiram 100% este ano, passando de US$ 19 por galão para US$ 38 por galão. E o glufosinato está apresentando um aumento de 50%, agora em US$ 70 por galão, em comparação com US$ 45 no ano passado.

Mas há casos de estados onde a inflação foi muito maior: no nordeste de Iowa, os preços do glifosato subiram 294%. O que custou ao fazendeiro US$ 17 por galão no ano passado, agora está mostrando um preço de US$ 50 por galão. No noroeste de Indiana, os preços do glifosato tiveram um aumento de 300% em alguns locais, sendo que agora o galão está em US$ 80.

“Presumo que os agricultores estão olhando para o futuro e estão preocupados com esses preços mais altos, tentando garantir os insumos agora a preços que consideram mais razoáveis. Temos previsões de preços elevados de commodities no próximo ano. O verdadeiro problema seria se você estivesse preso a preços altos e algo acontecer ao mercado, a demanda cair e tivermos preços de commodities baixos no próximo ano, com altos custos de insumos. Acho que tentar travar suas margens agora faria muito sentido”, diz Joseph Balagtas, professor associado de Economia Agrícola da Universidade Purdue.

Texto/Fonte: AGROLINK